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Em discurso sobre economia, Kamala promete baixar custos, construir casas e diminuir impostos

Publicado 16.08.2024, 12:25
© Reuters. Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Glendale, Arizonan09/08/2024nJulia Nikhinson/Pool via REUTERS

Por Nandita Bose e Jeff Mason

RALEIGH, Carolina do Norte (Reuters) - A vice-presidente dos EUA e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, apresentou nesta sexta-feira propostas para cortar impostos para a maioria dos norte-americanos, proibir "aumentos abusivos de preços" nos supermercados e construir mais moradias a preços acessíveis, como parte da “economia da oportunidade” que ela quer implementar caso seja eleita para a Casa Branca.

Durante seu primeiro grande discurso focado na economia como candidata à Presidência, ela prometeu criar um novo crédito tributário infantil de até 6.000 dólares para famílias com bebês, o corte de impostos para quem tem crianças e a redução de custos com medicamentos prescritos.

A vice-presidente também prometeu a construção de 3 milhões de novas unidades de moradias nos próximos quatro anos, além de um incentivo tributário para empreiteiros que construírem habitações para quem quer adquirir sua primeira casa própria.

Em comício no Estado da Carolina do Norte — onde ela espera vencer no dia 5 de novembro —, Kamala afirmou aos seus apoiadores que a economia norte-americana é forte, mas que os preços estão muito altos. Ela disse que concentrará seus esforços na classe média, caso seja eleita.

“Juntos vamos criar o que chamo de economia da oportunidade”, afirmou. “Fortalecer a classe média será a meta definidora da minha Presidência, porque creio fortemente que, quando a classe média é forte, os Estados Unidos são fortes.”

No entanto, sua agenda pode encontrar resistência tanto de corporações quanto do Congresso, que rejeitou propostas semelhantes quando elas vieram do presidente Joe Biden.

Kamala, que prometeu revelar mais detalhes de seus planos econômicos nas próximas semanas, quer se distanciar de seu adversário, o republicano Donald Trump, em relação às ideias econômicas, especialmente as que envolvem impostos.

O ex-presidente propôs a implementação geral de tarifas de importação, algo rejeitado pela democrata.

“Ele quer impor o que seria uma taxa nacional de compras para produtos de uso diário e de necessidades básicas que importamos de outros países. Isso devastaria os norte-americanos”, afirmou Kamala. "Traria preços mais altos em praticamente todos os produtos de necessidade diária: um imposto Trump sobre a gasolina. Um imposto Trump sobre os alimentos. Um imposto Trump sobre o vestuário. Um imposto Trump sobre medicamentos de venda livre.”

Em ligação com repórteres nesta sexta-feira, os conselheiros econômicos de Trump Kevin Hassett e Stephen Moore afirmaram que as propostas da democrata trariam mais inflação e prejudicariam a economia. Eles disseram que a ideia de oferecer até 25 mil dólares para compradores da primeira casa própria apenas elevaria o preço da moradia.

Algumas das propostas de Kamala, principalmente as que envolvem habitação e preços de alimentos, foram criticadas por republicanos e grupos econômicos como populismo progressista.

O Comitê de Orçamento Federal Responsável calculou que o plano econômico de Kamala elevaria o déficit em 1,7 trilhão de dólares em uma década, e que esse montante poderia se transformar em até 2 trilhões caso as políticas habitacionais se tornem permanentes.

O plano de Kamala inclui uma proibição federal de aumento abusivo de preços para alimentos e mantimentos. Autoridades de sua campanha afirmam que, caso seja eleita presidente, a democrata pediria que a Comissão de Comércio Federal impusesse “multas pesadas” a empresas que não respeitassem os limites do aumento de preços.

“Eu sei que muitos comércios estão criando empregos, contribuindo para a nossa economia e jogando dentro das regras. Mas alguns não estão, e isso não está certo. Quando esse for o caso, precisamos tomar atitudes”, afirmou Kamala.

Kamala pretende ainda expandir a assistência para aluguel, proibir a fixação de preços e impedir que as empresas de Wall Street comprem casas em grandes quantidades.

Ela também pressionará pela redução dos custos de assistência médica e pelo cancelamento de dívidas médicas, além de divulgar como o governo Biden negociou uma redução de até 79% nos preços dos dez medicamentos mais vendidos pelo Medicare.

© Reuters. Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Glendale, Arizona
09/08/2024
Julia Nikhinson/Pool via REUTERS

Kamala também traçará contrastes com Trump em política tributária e tarifas, além de manter a promessa de Biden de não aumentar impostos sobre pessoas que ganham 400.000 dólares ou menos por ano, disse sua campanha.

Por sua vez, Trump cortou a taxa de imposto corporativo de 35% para 21% e implementou outras isenções fiscais que devem expirar no ano que vem. Ele prometeu tornar os cortes de impostos permanentes.

(Reportagem de Nandita Bose na Carolina do Norte e Jeff Mason em Washington; reportagem adicional de Andrea Shalal, Tara Oakes e Gram Slattery)

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