XANGAI/BERLIM, (Reuters) - A embaixada da China na Alemanha condenou a suspensão do tratado de extradição de Berlim com Hong Kong, uma medida que a Alemanha alega ser uma resposta ao adiamento da eleição na cidade chinesa.
Em declaração em seu site, datada de sexta-feira, a embaixada da China disse que a suspensão viola o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais e "interfere fortemente nos assuntos internos da China".
A embaixada expressou "forte insatisfação e oposição resoluta" às declarações do ministro alemão e disse que a China "se reserva o direito de responder mais adiante", sem oferecer detalhes.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, disse na sexta-feira que Berlim suspenderá seu acordo de extradição com Hong Kong, depois que a chefe do executivo local Carrie Lam adiou em um ano as eleições legislativas da cidade originalmente previstas para 6 de setembro.
"A decisão do governo de Hong Kong de desqualificar uma dúzia de candidatos da oposição para a eleição e adiar as eleições para a legislatura é mais uma violação dos direitos dos cidadãos de Hong Kong", disse Maas.
"Temos deixado claro repetidas vezes nossa expectativa de que a China cumpra suas responsabilidades legais sob o direito internacional", disse ele, acrescentando que isso inclui garantir os direitos sob a Lei Básica, bem como o direito a eleições livres e justas.
(Por Andrew Galbraith em Xangai e Maria Sheahan em Berlim)