MADRID (Reuters) - Empréstimos conjuntos por países da União Europeia para financiar um fundo de recuperação da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19 não é caridade, disse a ministra das Relações Exteriores da Espanha, Arancha González, antes de uma cúpula crucial sobre o assunto em 17 e 18 de julho.
Todos os países envolvidos contribuirão para reembolsar a dívida, mesmo os países do norte apelidados de "frugais", disse ela nesta segunda-feira em entrevista à estação de rádio belga RTBF.
"Não é como se a Holanda estivesse fazendo caridade para a Espanha ou a França", disse González. Cada país receberá uma parcela da dívida proporcional ao seu peso econômico, afirmou ela.
A Alemanha contribuirá com 20%, a Espanha com 9% e a Holanda com 6%, por exemplo, disse González.
Os 27 líderes da União Europeia vão se reunir no final desta semana para negociar o orçamento do bloco para sete anos e a criação de um fundo de estímulo de 750 bilhões de euros financiado com dívida comum.
Dois terços do valor seriam transferidos na forma de subsídios livres e um terço em empréstimos reembolsáveis.
(Reportagem de Inti Landauro)