Investing.com – As ações da Nvidia (NASDAQ:NVDA) atingiram picos históricos ontem, registrando um crescimento anual de 147%. Esse fenômeno tem levado muitos investidores a questionar se estamos presenciando uma bolha no mercado e a prever quando ela poderia estourar.
Recentemente, os analistas do UBS intensificaram o debate entre os mais céticos, indicando a presença de múltiplos sinais de alerta de um possível crash do mercado. Eles destacaram que as bolhas são comuns quando os retornos históricos das ações superam significativamente os dos títulos e os investidores usam esses dados passados para projetar ganhos futuros, uma tendência atualmente observável.
Além disso, apesar do aumento dos lucros do S&P 500 no último ano, os lucros do NIPA, que refletem a lucratividade de todas as empresas, apresentaram queda, uma discrepância similar à observada no Japão no final dos anos 1980.
Outro indicativo preocupante, segundo o UBS, é a alta concentração do mercado em algumas megacorporações de tecnologia, responsáveis pela maior parte dos ganhos recentes, marcando uma concentração recorde.
Os analistas também ressaltaram que já se passaram cerca de 25 anos desde a última grande bolha, tempo suficiente para que muitos investidores acreditem que "desta vez será diferente".
Por fim, eles alertaram para o aumento da participação dos pequenos investidores no mercado de ações, fenômeno que tem reduzido o prêmio de risco e elevado as avaliações para níveis extremamente altos.
No entanto, os analistas também observaram que alguns elementos típicos de bolhas anteriores ainda não estão presentes no mercado atual. Bolhas passadas surgiram quando as taxas de juros reais puderam ser significativamente reduzidas, situação que ainda não ocorreu e pode não acontecer até julho ou mesmo depois.
Portanto, existe o risco de que cortes nas taxas de juros pelo Fed impulsionem ainda mais o mercado, até que ele possa ser formalmente caracterizado como uma bolha, iniciando a contagem regressiva para um eventual crash.
Wells Fargo (NYSE:WFC) vê com cautela setor de tecnologia
Outro banco com uma visão cautelosa em relação à tecnologia é o Wells Fargo, cujos analistas destacaram que as ações do setor são sensíveis às incertezas nas taxas de juros de longo prazo e à flutuação da inflação.
Durante um período de crescente volatilidade de mercado, a análise do Wells Fargo apontou vários fatores que poderiam intensificar as turbulências nos próximos meses.
"Identificamos diversas questões que podem elevar a volatilidade do mercado financeiro nos próximos meses", comentaram os estrategistas. Um desses fatores é o “timing” dos possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) no dia 12 de junho é especialmente crítica, pois trará as novas projeções das autoridades para as taxas de juros.
Os estrategistas explicaram: "As projeções do Fed em março apontavam para três reduções nas taxas de juros este ano, porém, os contratos futuros de fed funds mais recentes sugerem agora apenas um ou, no máximo, dois cortes, sendo o mais provável em dezembro."
"A nossa expectativa continua sendo de dois cortes este ano e um em 2025", afirmou a equipe do banco.
O Fed tem enfatizado a necessidade de sinais claros de desaceleração da inflação e de estabilização no mercado de trabalho antes de proceder com cortes nas taxas. Contudo, os estrategistas ressaltaram que os dados recentes apenas sugerem sinais iniciais dessa tendência.
"Os dados de inflação de abril, divulgados em maio, indicaram uma redução contínua nos preços dos bens, embora a inflação nos serviços ainda represente uma preocupação", relataram os estrategistas. Eles também observaram que, apesar da moderação no crescimento dos empregos e salários, essa desaceleração ainda não é suficiente para convencer os formuladores de políticas a reduzirem as taxas.
"O relatório mensal do mercado de trabalho desta sexta-feira é crucial antes da próxima reunião do Fed", apontaram.
O Wells Fargo enfatizou a necessidade de reequilibrar os portfólios de ações, com especial atenção às ações de tecnologia.
"Vemos as ações tecnológicas como particularmente vulneráveis às incertezas das taxas de juros de longo prazo e à inflação variável", indicaram os estrategistas.
"Priorizamos a qualidade. Preferimos ações dos EUA em detrimento das internacionais, ações de grandes empresas americanas em vez de médias e pequenas, e setores com avaliações mais acessíveis e potencial de crescimento a longo prazo, como industriais, materiais, energia e saúde", acrescentaram.
"Se houver uma baixa nas ações, isso pode representar oportunidades. Esteja preparado. Tenha um plano. Aperte o cinto", concluíram.
***
Para ter mais CONFIANÇA na hora de investir, você precisa de ferramentas profissionais. E o InvestingPro tem todas elas e MUITO MAIS! Confira:
-
ProPicks: Estratégias que usam IA para selecionar ações explosivas.
-
ProTips: Dicas rápidas e diretas para descomplicar informações financeiras.
-
Filtro avançado de ações: Encontre as melhores ações com base em centenas de métricas.
-
Ideias: Saiba como os maiores gestores do mundo estão posicionados e copie suas estratégias.
- Dados financeiros de nível institucional: Monte suas próprias estratégias com ações de todo o mundo.
-
Navegação turbo: As páginas do Investing.com carregam mais rápido, sem anúncios.
NÃO INVISTA NO ESCURO! Use o cupom OFERTAPRO e ganhe um desconto adicional na promoção de 1 ou 2 anos do Pro ou Pro+. Mas essa condição é por tempo limitado! Clique aqui e garanta seu preço especial agora!