(Reuters) - O presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, disse nesta quinta-feira que, embora a inflação esteja caindo a um ritmo "decepcionantemente lento", o banco central dos Estados Unidos pode não precisar aumentar muito a taxa de juros para acelerar o processo.
“Estou monitorando de perto os dados recebidos, ouvindo nossos contatos e público e avaliando as condições econômicas para determinar se será necessário um aperto adicional”, disse Harker em comentários preparados para um webinar da National Association for Business Economics.
"Acredito que estamos perto do ponto em que podemos manter os juros e deixar a política monetária fazer seu trabalho para levar a inflação de volta à meta em tempo hábil", disse Harker.
O Fed tem aumentado os custos dos empréstimos desde março de 2022 para combater a inflação, que caiu de um pico de 7% no verão passado para uma taxa atual ainda acima de 4%, mais que o dobro da meta de 2% do banco central.
No início de maio, o banco central elevou sua taxa de juros pela décima vez consecutiva, para uma meta de 5,00% a 5,25%, e as autoridades sinalizaram que podem pular um aumento na reunião de 13 a 14 de junho, para terem tempo de avaliar o impacto dos aumentos de juros até agora e das tensões no setor bancário que podem ter restringido o crédito e desacelerar ainda mais a economia.
Harker disse nesta quinta-feira que vê alguns sinais promissores de que os aumentos dos juros estão tendo um efeito de resfriamento, particularmente nos preços da habitação.
Ele espera que a economia cresça menos de 1% este ano, e que a taxa de desemprego, agora em 3,4%, suba para cerca de 4,4%. Enquanto isso, ele projeta que a inflação caia para 3,5% este ano, a 2,5% no ano que vem e só alcance a meta de 2% do Fed em 2025.
(Reportagem de Ann Saphir)