Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 19 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Negociações comerciais "positivas" entre EUA e China
O presidente Donald Trump twittou no fim de semana que os EUA estavam "se dando muito bem com a China e conversando", embora ele repetisse que ainda não estava pronto para fazer um acordo.
O principal conselheiro econômico de Trump, Larry Kudlow, disse no domingo que as recentes discussões por telefone entre Washington e Pequim foram "positivas" e indicaram que haverá mais teleconferências planejadas entre os negociadores nos próximo 10 dias.
Kudlow disse em entrevista ao "Fox News Sunday" que, se essas conversas forem bem, então uma "renovação substancial das negociações" pode começar com os negociadores chineses que vão visitar os EUA para continuar as negociações.
2. A Apple (NASDAQ:AAPL) conversa com Trump sobre tarifas, decisão dos EUA sobre a Huawei em foco
Trump disse no domingo que conversou com Tim Cook, presidente-executivo da Apple (NASDAQ:NASDAQ:AAPL), sobre o impacto das tarifas norte-americanas.
Segundo Trump, Cook “leventou um bom argumento” de que as tarifas poderiam prejudicar a empresa, especialmente considerando que sua rival sul-coreana Samsung (KS:005930) não estava sujeita a essas mesmas tarifas.
Os mercados também estavam aguardando uma decisão que deve chegar segunda-feira sobre se o governo permitirá que a Huawei Technologies compre suprimentos de empresas norte-americanas.
Vários meios de comunicação informaram que o Departamento de Comércio dos EUA concederá uma “licença geral temporária” que permitirá que os negócios continuem por mais 90 dias.
Trump pareceu contradizer Kudlow, dizendo que ele não queria que os EUA fizessem negócios com a Huawei por razões de segurança nacional.
3. Ações em alta, títulos sendo vendidos com retorno de apetite pelo risco
As ações globais subiram na segunda-feira e os títulos foram vendidos devido à melhora do mercado, com esperanças de negociações comerciais e novos sinais de flexibilização das políticas.
As ações asiáticas subiram acentuadamente, com as ações chinesas liderando a alta depois que o banco central do país anunciou uma reforma há muito esperada das taxas de juros.
As bolsas europeias também estavam no rali depois que o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, disse no domingo que a maior economia da zona do euro poderia fornecer estímulo fiscal, se necessário, para combater uma recessão. Scholz sugeriu que o um potencial movimento virá provavelmente depois que o Banco Central Europeu reiniciar a flexibilização quantitativa.
A melhoria nas ações desencadeou um movimento paralelo nos rendimentos da dívida soberana europeia, que se afastou de mínimos históricos.
Os futuros norte-americanos apontaram para uma abertura em alta, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de longo prazo subiram acentuadamente. O rendimento do título do Tesouro de 10 anos se distancia ainda mais do de 2 anos, afastando-se do ponto de inversão de curva entre os títulos.
4. China anuncia nova reforma da taxa de juros
O Banco do Povo da China anunciou no final de semana que fará a taxa básica de juros a nova referência para o cálculo de preços de empréstimos, ou seja, a taxa que os bancos oferecem aos seus clientes preferenciais.
A tão esperada reforma é uma medida para ajudar a reduzir os custos de empréstimos para empresas que vêm registrando inadimplência recorde este ano.
Analistas disseram que a mudança visa aumentar a liquidez disponível para empresas menores, como uma alternativa à redução da taxa de juros, que eles consideram ineficaz.
5. Petróleo sobe após ataque ao campo petrolífero saudita
O petróleo foi negociado em alta após um ataque de drone a uma instalação de petróleo na Arábia Saudita, enquanto comentários positivos sobre as negociações comerciais da sino-americanas também apoiaram o sentimento.
O ataque de drones de sábado foi atribuído aos rebeldes iemenitas e ocorreu em um campo de petróleo no leste da Arábia Saudita, que produz cerca de 1 milhão de barris por dia.
Embora o ataque tenha causado um incêndio nas instalações, o ministro da Energia da Arábia disse que a produção do reino não foi afetada.
-A Reuters contribuiu para esta matéria.