Investing.com - É o dia das folhas de pagamento, o famoso Payroll. Os dados devem mostrara que as contratações na economia dos EUA devem ter se recuperado da queda do mês passado devido ao fim da greve na General Motors (NYSE:GM).
Enquanto isso, a Opep e seus aliados devem assinar um corte meramente simbólico na produção de petróleo até março de 2021, enquanto a Saudi Aramco é agora a empresa mais valiosa do mundo depois de concluir seu IPO de US$ 25,6 bilhões.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira, 6 de dezembro.
1. Dia de Payroll
O Departamento de Comércio divulgará sua pesquisa mensal sobre o mercado de trabalho dos EUA, a atualização mais esperada sobre a saúde da economia dos EUA, às 10h30. Espera-se que o número de folhas de pagamento não-agrícola tenha subido para 186.000, em relação a uma mínima de quatro meses de 128.000 em outubro, embora a flutuação mensal estivesse um pouco distorcida com a greve na General Motors (NYSE:GM).
Em um mercado de trabalho ainda apertado, o número mais importante será o crescimento médio dos ganhos por hora, que caíram levemente para uma taxa anual de 3,0% nos últimos dois meses. Eles devem permanecer nesse ritmo. Da mesma forma, espera-se que o número médio de horas semanais trabalhadas fique em 34,0.
Os números vêm depois de um relatório muito mais fraco do que o esperado sobre as folhas de pagamento do setor privado da ADP (NASDAQ:ADP) no início da semana.
2. OPEP+ deve assinar um tipo de corte de produção
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse, após uma maratona de discussões entre seus membros, que quer tirar outros 500.000 barris por dia de produção dos mercados mundiais até março de 2021. O corte é meramente simbólico porque a OPEP já está produzindo menos do que o teto acordado no atual acordo existente sobre restrição de produção.
Segundo a proposta, os países da Opep reduziriam sua produção em 395.000 barris por dia, enquanto seus aliados liderados pela Rússia cortariam outros 105.000 barris por dia. No entanto, existe uma grande brecha: a produção de condensado de gás da Rússia, estimada em 700.000 barris por dia no próximo ano, não será incluída nos cálculos.
As medidas, que precisam ser ratificadas por uma reunião que ainda está em andamento, têm o objetivo de impedir uma formação excessiva nos mercados mundiais, mas os analistas estão céticos quanto ao que já foi anunciado. Os investidores de Petróleo bruto, que elevaram os preços em quase 4% nesta semana em antecipação a cortes mais profundos na produção, decidiram cessar fogo até saberem de mais detalhes.
3. Ações devem abrir em alta com isenção tarifária chinesa
Os futuros dos EUA devem abrir em alta nesta sexta-feira, incentivados pela decisão do governo chinês de renunciar às tarifas de importação de suínos e soja dos EUA. Pequim impôs uma tarifa de 25% a ambos em resposta aos aumentos de tarifas nos EUA no início do ano.
Às 8h25, o Dow futuros subia 73 pontos ou 0,3%, enquanto o S&P 500 futuros subiam 0,3% e o {{8874|Nasdaq 100 futuros} } subira 0,4%.
As ações a serem observadas nesta manhã incluem o Zoom Video, que caiu acentuadamente nas negociações após o horário comercial, depois que suas perspectivas não corresponderam às ambiciosas expectativas de Wall Street. Por outro lado, a Crowdstrike e a DocuSign subiram após a divulgação de ganhos depois do fechamento da quinta-feira.
4. A empresa mais valiosa do mundo
A Saudi Aramco finalmente quebrou o recorde da maior oferta pública inicial de ações do mundo, levantando o equivalente a US$ 25,6 bilhões com a venda de uma participação de 1,5%.
O acordo, cujo preço estava entre 30 e 32 riais sauditas, o que valorizou a empresa em cerca de US$ 1,7 trilhão. Embora isso torne a Aramco oficialmente a empresa mais valiosa do mundo, é cerca de 15% menor do que a avaliação que o reino inicialmente esperava.
A venda reflete, em última análise, o fracasso do vendedor em atrair compradores institucionais do mercados de capitais desenvolvidos devido à sua recusa em fazer concessões nas principais preocupações relacionadas à governança. As negociações na bolsa saudita devem começar na próxima semana.
5. Uber (NYSE:UBER) detalha a extensão das falhas de segurança
Uber (NYSE:UBER) informou ter lidado com quase 6.000 denúncias de abuso sexual por parte de seus motoristas nos EUA nos últimos dois anos, confirmando um dos medos mais graves sobre sua gestão.
O relatório, encomendado pela própria empresa após a saída do fundador Travis Kalanick como CEO, ocorre menos de duas semanas depois que a cidade de Londres disse que suspenderia a licença da empresa para operar por causa de repetidas falhas no monitoramento dos motoristas.
Houve 515 incidentes de estupro ou tentativa de estupro apenas em 2018 - quase 10 por semana - segundo o relatório.
Os números ainda são pequenos em relação aos 2,3 bilhões de viagens feitas pelo Uber (NYSE:UBER) nos dois anos em análise. O Uber calcula que 99,9% de suas viagens são seguras.