WASHINGTON (Reuters) - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, fez nesta sexta-feira sua primeira grande mudança de pessoal desde que assumiu a liderança da instituição em outubro passado, anunciando que seu principal vice, David Lipton, partirá no final de fevereiro.
O FMI disse que a saída de Lipton como primeiro vice-diretor-gerente está "no contexto das mudanças que ela fará na equipe de liderança".
Lipton, um economista norte-americano de 66 anos, ocupava o cargo desde setembro de 2011, mais tempo do que qualquer outro primeiro vice-diretor-gerente. Mas sua saída ocorre 19 meses antes de seu mandato oficial expirar, em setembro de 2021.
Frequentemente crítico das políticas comerciais e ações tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, Lipton iniciou sua carreira profissional como economista no FMI em 1981, trabalhando para ajudar a estabilizar países pobres. Ele também atuou como subsecretário de Assuntos Internacionais do Tesouro dos EUA de 1993 a 1998 sob o presidente Bill Clinton e depois trabalhou em finanças do setor privado.
"Acredito no trabalho do Fundo", disse Lipton em comunicado. "Foi uma honra trabalhar aqui, primeiro por oito anos no início da minha carreira profissional em 1981 e depois como primeiro vice-diretor-gerente desde 2011. O Fundo é uma instituição que presta um serviço inestimável aos seus membros e à economia global como um todo, e eu tenho o prazer de ter servido por tanto tempo."
Georgieva elogiou a "extraordinária experiência e conhecimento econômicos de Lipton" e disse que a perspectiva dele melhorou o rigor do trabalho analítico do FMI.
O FMI disse que uma busca pelo sucessor de Lipton começará em breve. Tradicionalmente, o FMI é liderado por um europeu, enquanto o segundo lugar é ocupado por um norte-americano, refletindo o status dos EUA como o maior acionista do Fundo. Não ficou claro se Georgieva continuará essa tradição ou selecionará alguém de outra nacionalidade para o cargo.