Por Andrea Shalal e Stephen Kalin
WASHINGTON/RIAD (Reuters) - O Grupo das 20 principais economias enfrenta uma pressão crescente para conciliar divisões internas e se unir contra o coronavírus, assim como se uniu para enfrentar a crise financeira global de 2008 a 2009.
Muitas perguntas permanecem, incluindo quais ações poderão ser acordadas, que tecnologia será usada para se comunicar, já que os líderes não se reunirão pessoalmente, e até a data.
Autoridades atuais e anteriores associadas ao G20 dizem que o grupo deixou seu papel de "quartel de bombeiros" global desde a reunião do mês passado em Riad, onde as autoridades financeiras minimizavam os riscos do surto.
"O G7 e o G20 tiveram um papel mais vigoroso na crise financeira global", disse uma autoridade internacional de finanças à Reuters. "Esperávamos que esses dois órgãos respondessem de maneira muito mais proativa a essa situação".
Após uma ligação na segunda-feira passada, os líderes do G7 se comprometeram a fazer "o que for necessário" para combater o vírus, que adoeceu quase 250 mil pessoas e matou mais de 10 mil. A doença também devastou as economias, já que os governos impõem restrições de viagens e interrompem reuniões públicas para tentar conter a disseminação.
Membros do G20 devem conversar por teleconferência na próxima segunda-feira, disseram várias fontes do grupo, para se preparar para uma reunião complicada por uma guerra de preços do petróleo entre dois membros, Arábia Saudita e Rússia, e uma guerra de palavras entre dois outros, Estados Unidos e China.