Por Andrea Shalal e Stephen Kalin
WASHINGTON/RIAD (Reuters) - Os ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do grupo das 20 principais economias do mundo concordaram, nesta segunda-feira, em desenvolver um "plano de ação" em resposta à pandemia do coronavírus que o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que desencadeará uma recessão global, mas não ofereceu detalhes.
O secretariado do G20 divulgou o comunicado depois que as autoridades financeiras se reuniram, via videoconferência, por quase duas horas, procurando contornar crescentes críticas de que o "corpo de bombeiros" do mundo demorou a responder ao agravamento da crise.
Os líderes do G20 devem se reunir para uma cúpula extraordinária nos próximos dias, à medida que o vírus continua a se espalhar rapidamente, com 337,5 mil pessoas infectadas em todo o mundo e mais de 14,6 mil mortos.
A cúpula, convocada pelo país que preside o grupo este ano, a Arábia Saudita, será complicada por uma disputa de preços do petróleo entre dois membros, a própria Arábia Saudita e a Rússia, e por uma guerra de discursos entre Estados Unidos e China acerca da origem do vírus.
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse à Fox News que seus colegas concordaram em tomar medidas para apoiar suas próprias economias e coordenar internacionalmente, conforme necessário. Mas ele não deu detalhes.
Autoridades do Japão e da Argentina emitiram suas próprias declarações requisitando uma ação mais decisiva, enquanto especialistas externos disseram que medidas específicas são urgentemente necessárias, e não as garantias gerais oferecidas pelo G20 até o momento.
(Por Stephen Kalin)