📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Governo faz campanha no Brasil e no exterior para defender soberania na Amazônia

Publicado 04.09.2019, 21:13
Atualizado 04.09.2019, 21:21
Governo faz campanha no Brasil e no exterior para defender soberania na Amazônia

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal põe no ar nesta quinta-feira uma campanha publicitária internacional para se defender das críticas geradas pelo aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia, reforçando o tom de "soberania nacional" na região.

Com um investimento de 3 milhões de reais, o material --um vídeo e uma peça para jornais e revistas-- será veiculado nas quatro principais emissoras de TV aberta no país, com exceção da Globo, e nos três canais a cabo de notícias.

O maior investimento, no entanto, será feito no exterior, em três redes de tevê americanas, incluindo a CNN, e 10 jornais, inclusive o francês Le Monde, o norte-americano New York Times e o inglês The Guardian.

"O governo federal reafirma de forma soberana suas ações de proteção, desenvolvimento sustentável e conservação da Amazônia", diz o texto inicial do vídeo de 30 segundos, na campanha, batizada de Amazônia pelo Brasil.

O texto diz ainda que o governo brasileiro está tomando medidas para conter o desmatamento e práticas ilegais na região para preservar o meio ambiente e destaca que 84% da Amazônia e 60% do território brasileiro mantém sua cobertura original --um dado que é sempre usado pelo presidente Jair Bolsonaro para criticar o que chama de "amarras" que impedem o desenvolvimento do país.

A campanha ainda destaca a matriz energética brasileira como uma das mais limpas do mundo e a lei ambiental brasileira e um código florestal que "serve de exemplo" para outros países.

O governo federal, no entanto, negocia com o Congresso o apoio a um projeto de lei que altera parte do código florestal, liberando proprietários rurais de recuperar parte de áreas de preservação permanente ou reservas legais de suas propriedades desmatadas e permitindo o acesso a crédito mesmo sem essa recuperação. O projeto, apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), recupera parte de uma medida provisória que incluía outras alterações e perdeu a validade.

A campanha de mídia vem na esteira de outras tentativas do governo de reparar o estrago na imagem brasileira causada pelas informações de aumento de desmatamento e de queimadas na Amazônia, que ecoaram principalmente no exterior. Como mostrou a Reuters, o governo fez uma ofensiva diplomática, fornecendo dados e números para que diplomatas brasileiros defendessem o país no exterior.

O aumento no desmatamento, registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nos meses de junho e julho, e as queimadas, que tiveram um salto este ano, colocaram o país na mira internacional. Para além das críticas generalizadas, empresas começaram a suspender ou analisar a suspensão de compra de produtos brasileiros.

A situação preocupou o agronegócio nacional, que teme a perda dos mercados internacionais. A própria Frente Parlamentar da Agropecuária, apoiadora de Bolsonaro, cobrou do governo uma ação mais enfática.

(Edição de Eduardo Simões)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.