BRASÍLIA (Reuters) - O governo quer que a meta de déficit primário proposta para 2021, de 149,61 bilhões de reais, mude sempre que houver nova estimativa para as receitas no próximo ano, justificando que a flexibilidade é necessária por conta das incertezas envolvendo o comportamento da arrecadação em meio à pandemia do coronavírus.
A meta fixada nesta quarta-feira para o próximo ano no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda levou em conta uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,02% neste ano, prevista em março. Mas o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, reconheceu que a projeção será negativa. Um novo número será divulgado pelo governo em maio.
O secretário do Orçamento, George Soares, admitiu que a meta para 2021 deverá ser "alterada bastante" até o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA), em agosto.
"Cada ponto percentual de PIB (alterado na nova projeção) vai dar diferença muito grande na receita", afirmou.
(Por Marcela Ayres)