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Guedes defende recomposição de eixo político para governo avançar em privatizações

Publicado 10.11.2020, 10:43
Atualizado 10.11.2020, 12:55
© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira que o atual governo foi eleito para privatizar estatais, mas disse que há acordos no Congresso impedindo ações nessa direção, impondo a necessidade de um novo orquestramento político para dar andamento à pauta.

"Aí tem acordo político de repente na Câmara, no Senado, que não deixa privatizar. Que história é essa? Então nós precisamos recompor nosso eixo político para conseguirmos fazer as privatizações prometidas durante a campanha", disse ele, durante abertura de evento promovido pela Controladoria Geral da União (CGU).

Ao participar de fórum promovido pela Bloomberg em seguida, Guedes afirmou que Correios, Eletrobras (SA:ELET3), Porto de Santos e o portfólio da PPSA (Pré-Sal Petróleo) serão as primeiras companhias a serem privatizadas e que o plano é ir adiante com essas quatro operações até dezembro de 2021.

Guedes não citou parlamentares nominalmente ao falar das travas no Congresso. No fim de setembro, o ministro chegou a dizer que, segundo boatos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estaria trabalhando com a esquerda para não pautar privatizações.

Nesta manhã, o ministro afirmou estar "bastante frustrado" com o fato de o governo Jair Bolsonaro não ter conseguido vender nenhuma estatal em dois anos de mandato, mas frisou a necessidade de acelerar esse movimento, bem como a venda de imóveis da União, para abatimento da dívida pública.

Ele enfatizou que tanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quanto a Secretaria de Desestatização têm a missão de dar cabo à tarefa, e que a primeira ação na qual se engajarão será a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, a Cedae.

Olhando para o portfólio da União, o ministro disse que as estatais valem cerca de 700 bilhões de reais e os imóveis, 1,2 trilhão de reais e que não faz sentido o governo carregar ativos ineficientes enquanto vê os passivos subirem, razão pela qual o plano da equipe econômica era, desde o começo, usar esses recursos para "derrubar" a dívida.

"Aí esses recursos então que eram usados em (pagamento de) juros estariam livres", defendeu. "Se tivéssemos matado a dívida, podíamos estar perfeitamente com esses recursos alocados para fazer transferência de renda para os mais pobres e uma renda até substancial."

Guedes admitiu que, até pela demora nas privatizações, um secretário de sua pasta resolveu ir embora, em referência a Salim Mattar, mas destacou que outro entrou com "muita determinação e mais juventude" --o substituto Diogo Mac Cord de Faria, hoje à frente da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado.

"Quem sabe ele aguenta o tranco e vai conseguir entregar mais. Só tem que fazer um gol para ganhar porque no outro ficou zero, não fizemos nada", disse.

© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes

(Por Marcela Ayres)

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