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Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O governo vai retirar a “granada do bolso” dos servidores públicos, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante abertura da mesa de negociação com entidades do funcionalismo, na qual o Executivo sinalizou intenção de anunciar um reajuste salarial às categorias ainda neste mês.
A declaração de Haddad faz referência a fala do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, que disse em 2020 que o governo havia colocado “a granada no bolso do inimigo” ao aprovar durante a pandemia um congelamento salarial para as carreiras do funcionalismo.
Haddad classificou a frase de Guedes como uma das cenas “mais vergonhosas” que já viu.
“Sou servidor público estadual, sou professor na Universidade de São Paulo, e sei o que é ficar anos sem nenhum tipo de atendimento e consideração. Pior do que isso é ser demonizado por aqueles que deveriam estar cuidando da sociedade”, afirmou.
Após o evento, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que é responsável pelas negociações com as categorias, disse que a verba orçamentária para reajustes está preservada e defendeu urgência na definição.
"As carreiras dos outros Poderes tiveram reajuste aprovado no final do ano passado, exceto o Poder Executivo. A gente vai fazer isso bem rápido porque a gente acha que é uma injustiça com os trabalhadores do Executivo federal. A gente pretende anunciar ainda este mês, se possível, se tiver acordo com eles, o reajuste", disse.
O volume de recursos previsto para aumentos salariais no Orçamento de 2023 é de 11,6 bilhões de reais, valor que foi proposto pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto do ano passado.
Dweck não detalhou o percentual do aumento ou se o benefício será concedido de maneira linear a todos os servidores.
Em outra área, a ministra disse que o governo liberou nesta semana 350 milhões de reais para viabilizar pagamentos de direitos trabalhistas de servidores que estavam represados de anos anteriores. Segundo ela, cerca de 10 mil trabalhadores serão beneficiados.
Dweck afirmou ainda que o governo deve revogar nos próximos dias um decreto da gestão Bolsonaro que retirava benefícios de servidores que tivessem vinculação sindical.
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