Por Bernadette Christina e Fransiska Nangoy
JACARTA (Reuters) - A Indonésia exigirá que os exportadores de óleo de palma obtenham licenças para seus embarques e pedirá aos produtores que declarem a quantidade de óleo de palma que planejam vender no mercado interno, disseram autoridades nesta terça-feira, em meio a esforços para controlar a disparada dos preços do óleo de cozinha.
O maior produtor e exportador mundial de óleo de palma vem tentando reduzir os preços domésticos do óleo de cozinha, que subiram cerca de 40% em relação ao ano anterior, em linha com os altos preços globais do óleo de palma.
As autoridades também introduzirão um preço único para o óleo de cozinha vendido no mercado local e estabelecerão regras para evitar "desvio de subsídios", disse o ministro do comércio, Muhammad Lutfi, em entrevista coletiva.
Ele insistiu que o governo não está proibindo as exportações do óleo vegetal, mas as autoridades precisam ter um registro completo das exportações para avaliar a oferta doméstica.
A política será imposta por seis meses.
Isso ocorre em um momento em que a Indonésia já está sob os holofotes globais devido a uma proibição de exportação de carvão imposta no dia 1º de janeiro, enquanto tenta reforçar o fornecimento para suas usinas de energia e pressionar as mineradoras locais a cumprir as obrigações do mercado doméstico.
Os exportadores de óleo de palma devem obter licenças de exportação do Ministério do Comércio a partir de 24 de janeiro, disse o funcionário Indrasari Wisnu Wardhana em uma coletiva de imprensa virtual.
Atualmente, os exportadores são obrigados a realizar apenas declarações alfandegárias para embarques.