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Investidores buscam refúgio na China com Fed e inflação agitando outros mercados

Publicado 26.01.2022, 08:43
© Reuters. Notas de iuan
10/02/2020. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration//File Photo
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Por Samuel Shen e Andrew Galbraith

XANGAI (Reuters) - Investidores estrangeiros estão entrando na China neste início de 2022, vendo-a como um refúgio dos problemas envolvendo inflação, crescimento e a pandemia que têm assolado a maioria dos outros mercados.

Embora tenham visto seus retornos serem corroídos no ano passado pela repressão regulatória e política econômica de Pequim, os gestores de fundos globais estão injetando dinheiro em ações e títulos da China, apostando nas promessas de estabilidade, flexibilização monetária e fiscal e inflação moderada do país, que podem protegê-los da volatilidade em outros mercados.

Isso contrasta acentuadamente com as condições de outros lugares. Os principais bancos centrais estão se preparando para retirar o excesso do estímulo dos últimos dois anos, e o Federal Reserve está acelerando o aperto monetário para domar a inflação elevada, potencialmente prejudicando os preços das ações e os balanços das empresas.

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Para David Dali, chefe de estratégia de portfólio da Matthews Asia, a China é o "único país favorito" em 2022 entre os cerca de 30 mercados de ações emergentes que podem ser destino de investimentos.

"Acreditamos que as avaliações chinesas são algumas das menos arriscadas e mais atraentes de todos os principais mercados", disse Dali.

A Fidelity International também vê as ações da China como atraentes, de uma perspectiva global.

"A guinada de política monetária da China é muito clara. E dados recentes oferecem sinais de que a economia se estabilizou", disse Zhou Wenqun, gestor de fundos da Fidelity em Xangai.

A evidência desse otimismo em relação ao país está nas entradas líquidas estrangeiras em ações chinesas por meio do esquema Stock Connect, que atingiu uma média diária recorde de 413 milhões de dólares durante as três primeiras semanas de 2022, segundo o Morgan Stanley (NYSE:MS).

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10/02/2020. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration//File Photo

Os fluxos foram fortes em 2021, com um recorde de 67 bilhões de dólares investidos por meio do canal Connect em ações "onshore". Mas o índice de blue-chips da China perdeu 5,2% no ano passado, em contraste com um salto de quase 27% do S&P 500 e ganhos de dois dígitos na maioria dos índices europeus.

Enquanto isso, as entradas de dinheiro estrangeiro em mercados emergentes fora da China "pararam abruptamente", disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

Em dezembro, os mercados emergentes excluindo a China sofreram uma saída de 9,6 bilhões de dólares, em comparação com entrada de 10,1 bilhões na segunda maior economia do mundo. As ações chinesas registraram entrada de 12,5 bilhões de dólares, contribuindo para a maioria das entradas em mercados emergentes.

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