Por David Lawder e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e a China estão trabalhando para reduzir suas diferenças o suficiente para assinar a "fase um" de um acordo comercial já neste mês, mas as sugestões para um local de assinatura variam do Alasca à Grécia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, podem assinar o acordo em Iowa, um Estado com conexões históricas com Xi e que se beneficiaria do aumento das compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos.
Por outro lado, uma autoridade chinesa disse que Pequim está considerando a possibilidade de uma reunião na Grécia, aonde Xi deve chegar no domingo. Depois, segue para o Brasil para uma cúpula dos principais países emergentes que começa em 13 de novembro.
Várias fontes informadas sobre as negociações comerciais nos Estados Unidos disseram que a assinatura na Grécia é improvável. Autoridades do governo grego disseram que, até o momento, não havia indicação de um pedido para tal cerimônia durante a visita de Xi.
Em vez disso, os dois lados poderiam escolher um meio-termo como o Havaí ou o Alasca, disseram várias fontes norte-americanas.
A falta de consenso sobre um local de assinatura reflete a natureza fluida das negociações. Os detalhes finais ainda não foram definidos, incluindo um mecanismo de fiscalização e a extensão do alívio tarifário para a China.
Também reflete as dificuldades políticas para a escolha de um local. Depois de 16 meses de conflitos públicos e tarifas retaliatórias, nenhum líder quer parecer fraco em casa ou para rivais estrangeiros, disseram especialistas em comércio.
Iowa seria a primeira escolha do governo Trump, dado o apelo político a um grande círculo eleitoral de Trump por um acordo que deve aumentar as exportações norte-americanas de soja, suínos e outros produtos que foram prejudicados pela guerra comercial.
Xi está aberto a viajar para os Estados Unidos, disse uma autoridade chinesa, acrescentando que a China vê a Grécia ou os Estados Unidos como os únicos locais possíveis, do ponto de vista da segurança.
"Ele é prático. Ele está pronto para ir aos EUA para assinar o acordo, desde que haja um acordo", disse a fonte.