MILÃO (Reuters) - A Itália só administrará uma dose de vacina a pessoas infectadas com Covid-19 com antecedência de três a seis meses, disse o Ministério da Saúde, uma medida que parece buscar poupar vacinas em meio a uma distribuição irregular na União Europeia.
A recomendação se aplica tanto a pessoas que adoeceram quanto àquelas que foram diagnosticadas e estão assintomáticas.
A Itália é o terceiro país da UE, depois de França e Espanha, a seguir este caminho no momento em que nações do bloco enfrentam dificuldades para intensificar suas campanhas de vacinação devido a cortes de suprimentos impostos pelas farmacêuticas.
A Itália, que tem uma população de cerca de 60 milhões de habitantes, havia administrado 4,76 milhões de doses de vacinas até a manhã desta quinta-feira, e cerca de 1,5 milhão de pessoas já receberam as duas doses recomendadas.
No total, o país recebeu 6,3 milhões de doses dos fabricantes, mas atrasos recorrentes no suprimento prejudicam os esforços de inoculação.
O primeiro-ministro, Mario Draghi, reformulou a maneira como o país enfrenta a pandemia desde que tomou posse, no mês passado, substituindo o comissário especial para a Covid e o chefe da agência de proteção civil visando acelerar as vacinações.
Durante uma reunião de líderes da UE na semana passada, Draghi também sugeriu que as primeiras doses sejam priorizadas. No momento, muitos países do bloco, inclusive a Itália, estão seguindo as recomendações das farmacêuticas de dar duas doses separadas e, em resultado disso, guardando doses.
(Por Emilio Parodi e Giselda Vagnoni)