Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - O líder do governo no Congresso, Ricardo Barros, disse no início da tarde desta segunda-feira (14) que “a princípio”, não haverá prorrogação do Orçamento de Guerra, “o que consequentemente impede a prorrogação do auxílio emergencial”.
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Segundo ele, em evento online promovido pela B3 (SA:B3SA3) e pela Eurasia, o retorno das atividades alivia a pressão em cima da necessidade de continuação dos benefícios, além de que uma possível segunda onda “que feche tudo” é improvável.
“O aumento de casos atual não justifica o retorno do auxílio emergencial. Não acredito que virá uma segunda onda grande o suficiente para forçar uma extensão do auxílio”, disse.
Ele citou que o governo tem outras propostas para aliviar as consequências da pandemia na parcela mais pobre da população, como o projeto de fornecimento de microcrédito para empréstimos pessoais, e que o presidente Jair Bolsonaro estaria comprometido em não romper com o Teto dos Gastos.
Barros confirmou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias nesta quarta-feira (16), descartando um outro possível adiamento após representantes de partidos da oposição falarem ao Estado de S. Paulo que poderiam barrar os votos para passarem primeiro os vetos presidenciais.
Sobre as reformas que devem ficar para 2021, Barros apontou que há chances de passar a Reforma Tributária em primeiro turno, já que “há vontade política do governo e do presidente [da Câmara] Rodrigo Maia”.
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Ele também citou que haverá tentativa de passar a Administrativa e que as privatizações virão com “muita força” a partir de fevereiro, mas não citou as empresas que devem passar pelo processo.
“Temos 380 deputados a favor das reformas, que não necessariamente estão dentro da base”, disse, também citando estar tranquilo quanto à sucessão de Maia de Davi Alcolumbre, presidente do Senado. “Todos os prováveis candidatos são reformistas e são da base do governo. Não vejo ameaça às reforças”.
Barros culpou as eleições municipais e a votação no Supremo Tribunal Federal, sobre a sucessão das presidências no Congresso, pela demora na entrega das reformas ainda este ano e pelo adiamento do texto da PEC Emergencial.