BRUXELAS (Reuters) - Os ministros das Finanças da União Europeia apoiaram nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, para um segundo mandato à frente do credor.
O atual mandato de cinco anos de Georgieva termina em 30 de setembro. Tradicionalmente, os países europeus escolhem o diretor-gerente do FMI, enquanto Estados Unidos indicam o presidente do Banco Mundial.
"Os ministros da UE concordaram em apoiar conjuntamente Kristalina Georgieva para um segundo mandato como diretora-gerente do FMI", disse um porta-voz da presidência belga da UE.
Não havia outros candidatos, disseram autoridades europeias.
Georgieva, de nacionalidade búlgara, é a segunda mulher a dirigir o FMI e a primeira pessoa de uma economia emergente. Ela é a 12ª diretora-gerente do FMI desde sua fundação em 1944.
Autodenominada "eterna otimista", Georgieva liderou o credor em meio a enormes choques na economia global, desde a eclosão da pandemia da Covid-19, poucos meses depois de assumir o cargo, até a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Georgieva foi criticada dentro e fora do FMI desde o início por sua iniciativa de incluir as mudanças climáticas como um fator nos relatórios de supervisão das economias dos países membros e por seu foco em mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
Ela tem sido fundamental para garantir grandes empréstimos para a Ucrânia, supervisionou uma reformulação do programa de empréstimos maciços da Argentina e trabalhou de forma constante para ajudar a China a adotar reestruturações de dívidas soberanas.
Georgieva também sobreviveu a um desafio a sua liderança em 2021, quando o conselho executivo do FMI expressou sua total confiança nela após analisar as alegações de que ela pressionou funcionários a alterar dados para favorecer a China enquanto trabalhava no Banco Mundial.
(Por Jan Strupczewski)