BRUXELAS (Reuters) - Líderes financeiros das 20 maiores economias do mundo (G20) esperam uma recuperação modesta no crescimento econômico global neste ano e no próximo, mas a epidemia de coronavírus é um risco negativo, mostrou um esboço de comunicado preparado para a reunião de 22 e 23 de fevereiro.
Os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do G20 se reúnem no sábado e domingo em Riad para discutir a economia global, no momento em que a China enfrenta um vírus que matou mais de 2 mil pessoas e forçou restrições drásticas a viagens e comércio.
"Após os sinais de estabilização no final de 2019, o crescimento econômico mundial deverá acelerar modestamente em 2020 e 2021. A recuperação é sustentada pela continuação de condições financeiras expansionista e por alguns sinais de atenuação das tensões comerciais", afirmou o esboço visto pela Reuters.
"No entanto, o crescimento econômico mundial permanece lento e os riscos negativos para as perspectivas persistem, incluindo os decorrentes do impacto do novo surto de coronavírus, das tensões geopolíticas e da incerteza na política monetária", disse o esboço, que ainda pode ser alterado antes da adoção da versão final no domingo.
Os líderes financeiros apoiarão as conclusões da cúpula do G20 do ano passado, que buscarão um "ambiente de comércio e investimento livre, justo, não discriminatório, transparente, previsível e estável" e manterão seus mercados abertos.
O esboço também disse que os ministros e membros de bancos centrais defenderão declarações anteriores de que taxas de câmbio flexíveis, quando viáveis, podem servir como amortecedores de choques, e que a volatilidade excessiva ou os movimentos desordenados nas taxas de câmbio podem ter implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira.
O G20 dirá que os membros evitarão desvalorizações competitivas e não terão como alvo as taxas de câmbio para fins competitivos, mostrou o rascunho.
(Reportagem de Jan Strupczewski)