Por Alistair Smout
LONDRES (Reuters) - A disputa para substituir o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ganhou ritmo neste domingo, conforme mais cinco candidatos declararam sua intenção de concorrer ao posto, com muitos prometendo impostos mais baixos e um início limpo após um governo Johnson marcado por escândalos.
Johnson disse na quinta-feira que renunciaria ao cargo de primeiro-ministro, depois que parlamentares e colegas de gabinete se rebelaram por ele ter se envolvido em uma série de escândalos, incluindo violações das regras de bloqueio contra a Covid-19 em reuniões em seu escritório em Downing Street.
Ele disse que permaneceria até que um novo líder fosse eleito.
Um membro de um comitê do partido conservador que define as regras para as eleições de liderança disse neste domingo que o resultado final será anunciado em setembro.
A ministra júnior (que não faz parte do gabinete de governo) do Comércio, Penny Mordaunt, declarou oficialmente neste domingo que está concorrendo, juntando-se ao secretário de Transportes Grant Shapps, ao ministro das Finanças Nadhim Zahawi e aos ex-ministros Jeremy Hunt e Sajid Javid, que anunciaram suas candidaturas à liderança a tempo para os jornais deste domingo, elevando o total para nove.
"Este é um ponto de inflexão crítico para nosso país. Acredito que um governo de coalizão socialista ou liderado por socialistas nas próximas eleições seria um desastre para o Reino Unido", disse Mordaunt em comunicado. "Devemos ganhar a próxima eleição."
O Comitê 1922 de legisladores do Partido Conservador, que estabelece regras para o partido no Parlamento, estabelecerá o cronograma exato após uma reunião na segunda-feira.