Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O governo do Marrocos quer prosseguir com as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial agendadas para outubro em Marrakech, apesar do devastador terremoto de sexta-feira que matou quase 2.900 pessoas, disseram nesta segunda-feira duas fontes familiarizadas com o planejamento da reunião.
“Do ponto de vista das autoridades marroquinas, as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial decorrerão conforme programado, de 9 a 15 de outubro de 2023. Não há mudança de plano neste momento”, uma fonte próxima ao governo marroquino disse à Reuters.
As fontes não estavam autorizadas a tratar publicamente do assunto e falaram sob condição de anonimato.
O FMI e o Banco Mundial recusaram-se a comentar a posição do Marrocos sobre as reuniões, e enviaram à Reuters uma declaração conjunta com Índia, França, União Europeia e União Africana expressando condolências pela perda de vidas e danos, e citando "a nossa vontade de apoiar Marrocos da melhor forma possível", o que inclui lidar com necessidades financeiras urgentes.
Ambas as instituições afirmaram que o foco imediato está na resposta inicial ao desastre.
O número de mortos no terremoto de magnitude 6,8 que atingiu as montanhas do Alto Atlas, 72 quilômetros a sudoeste de Marrakech, continuou a aumentar nesta segunda-feira, chegando a 2.862, enquanto o número de feridos superou 2.562, segundo a televisão estatal.
O local das reuniões do FMI e do Banco Mundial, um campus de estruturas temporárias nos arredores da cidade, perto do aeroporto, está praticamente intacto e o trabalho de preparação continua, disse uma das fontes.