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Medidas de austeridade de Milei estão empurrando metade da Argentina para pobreza

Publicado 26.09.2024, 12:33
© Reuters. Lilian González, de 36 anos, prepara refeição com alimento que recebeu de cozinha solidária ao lado de seu filho Joaquín Mendieta, de 11 anos, e da filha, Dana Mendieta, em Vila Soldati, nos arredores de Buenos Airesn16/09/2024 REUTERS/Mariana Nedelc

BUENOS AIRES (Reuters) - Irma Casal, moradora de Buenos Aires de 53 anos, trabalha em três turnos como recicladora de lixo, coletora de papelão e pedreira, mas, como muitos argentinos em um momento de aumento da pobreza, ela ainda tem dificuldades para conseguir pagar as contas.

A Argentina publicará dados sobre a pobreza no país nesta quinta-feira que devem mostrar que a taxa subiu para mais de 50% da população nos primeiros seis meses do mandato do presidente Javier Milei, que tem adotado medidas duras de austeridade em uma tentativa de controlar a dívida do país.

"Desde que este governo chegou ao poder, os empregos desapareceram. Trabalhamos duas vezes mais por menos e temos que continuar", disse Casal, que tem 14 filhos e 42 netos, no subúrbio de baixa renda de Villa Fiorito, em Buenos Aires.

Os dados oficiais do período de janeiro a junho serão a primeira evidência concreta do aumento da pobreza desde que Milei assumiu o governo em dezembro. A taxa oficial de pobreza foi de 41,7% no segundo semestre de 2023.

Os cortes de gastos de Milei têm sido aplaudidos pelos mercados e investidores por ajudarem a corrigir as finanças do Estado após anos de déficits, mas têm empurrado o país para uma profunda recessão, embora haja sinais de que a economia possa ter já passado pelo pior.

O observatório da Universidade Católica da Argentina (UCA) estima que a taxa de pobreza subiu para 55,5% no primeiro trimestre do ano, antes de cair para 49,4% no segundo trimestre. Isso dá uma média de 52% para os primeiros seis meses.

Agustín Salvia, diretor do Observatório da UCA, disse que houve um impacto significativo no início do ano devido às políticas de Milei, citando o fechamento de refeitórios populares e a redução dos subsídios do governo. Entretanto, recentemente, houve sinais de melhora, acrescentou.

© Reuters. Lilian González, de 36 anos, prepara refeição com alimento que recebeu de cozinha solidária ao lado de seu filho Joaquín Mendieta, de 11 anos, e da filha, Dana Mendieta, em Vila Soldati, nos arredores de Buenos Aires
16/09/2024 REUTERS/Mariana Nedelcu

"Se você observar a história como um todo, verá que houve uma deterioração no primeiro trimestre. Desde então, essa situação começou a se amenizar", disse ele.

A Secretaria da Infância, Adolescência e Família disse à Reuters nesta semana que o governo havia ampliado dois programas de bem-estar, o Subsídio Universal para Crianças e um programa de Cartão Alimentação, que está ajudando a sustentar muitas famílias.

(Por Horacio Soria, Javier Corbalán e Lucila Sigal)

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