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Membros do Fed dizem que redução de estímulo está próxima, com discussão em curso sobre alta de juro

Publicado 09.08.2021, 18:16
Atualizado 09.08.2021, 18:20
© Reuters. Prédio do Federal Reserve (banco central dos EUA) em Washington
01/05/2020
REUTERS/Kevin Lamarque

Por Jonnelle Marte e Howard Schneider

(Reuters) - Dois membros do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) disseram nesta segunda-feira que a economia do país está crescendo rapidamente e que, embora o mercado de trabalho ainda tenha espaço para melhora, a inflação já está em um nível que poderia satisfazer uma etapa necessária para o início de aumentos das taxas de juros.

O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse que mira o quarto trimestre para o início de uma redução na compra de títulos, mas que também está aberto para um começo ainda mais cedo se o mercado de trabalho mantiver seu recente tórrido ritmo de melhora.

Além disso, em eventos separados Bostic e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disseram acreditar que a inflação já atingiu a meta do Fed de 2%. Esse é um dos dois requisitos a serem cumpridos antes que os aumentos dos juros possam ser considerados.

Os comentários de ambos são um sinal de que, à medida que as autoridades do Fed discutem como e quando reduzir as compras de ativos, também estão ficando mais detalhados em seu debate sobre o que será necessário para satisfazer a meta de inflação do Fed sob o novo arcabouço de política monetária do banco central.

Bostic, que já citou o fim de 2022 como o momento do início dos aumentos de juros, apontou a média anual de cinco anos do índice de inflação PCE, que por seus cálculos atingiu 2% em maio.

"Há muitas razões para pensar que podemos estar na meta neste momento", disse Bostic a repórteres. Mas ele afirmou que o comitê ainda precisa concordar com as métricas que usará para medir esse progresso, algo que os formuladores de política monetária precisarão discutir.

Barkin disse que a alta inflação vista neste ano pode ter satisfeito uma das referências do Fed para o aumento de juros, embora ainda haja espaço para o mercado de trabalho se recuperar antes que os juros aumentem.

De acordo com a atual orientação de política monetária do Fed, as taxas vão subir "quando a inflação chegar a 2%, o que eu acho que você pode argumentar que já aconteceu e parece que vai se sustentar lá", disse Barkin na Câmara Regional de Comércio de Roanoke, na Virgínia.

Suas observações ecoaram comentários feitos pelo presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, no mês passado, segundo o qual a alta em curso na inflação, de 3,5% ao ano pela medida preferida do Fed, está bem acima da meta de 2% do banco central e adequada, em sua opinião, para compensar a inflação fraca do passado, conforme exigido pelo novo quadro do banco central.

Mercado de trabalho ainda para trás

Sob um novo arcabouço revelado no ano passado, os membros do Fed concordaram em deixar os juros em níveis próximos de zero até que o mercado de trabalho alcance o pleno emprego e a inflação fique em uma média de 2%, a caminho de ultrapassar moderadamente 2% por algum tempo.

Os formuladores de política monetária disseram em dezembro que continuariam comprando títulos do governo no ritmo atual de 120 bilhões de dólares por mês até que haja "progresso substancial" em direção às metas do banco central para a inflação e pleno emprego.

Com os níveis elevados de inflação alcançados durante a pandemia, disse Bostic, o Fed atingiu efetivamente a meta de "progresso substancial adicional" para a inflação.

Mais progresso ainda é necessário no mercado de trabalho, mas essa meta pode ser alcançada depois de mais um ou dois meses de forte melhora no emprego, disse Bostic. Isso coloca o Fed em um caminho para começar a cortar as compras entre outubro e dezembro, ou antes, se a abertura de postos de trabalho em agosto for mais forte do que o esperado, disse ele.

© Reuters. Prédio do Federal Reserve (banco central dos EUA) em Washington
01/05/2020
REUTERS/Kevin Lamarque

O presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse nesta segunda-feira que o banco central poderia começar a retirar o apoio ainda antes disso. Rosengren afirmou durante entrevista à Associated Press que o Fed deve anunciar em setembro que começará a reduzir suas compras de títulos do Tesouro e de hipotecas "neste outono (nos EUA)".

Barkin não especificou um cronograma para quando o Fed pode começar a reduzir suas compras de ativos, mas disse que está observando a relação emprego/população para avaliar se o mercado de trabalho fez progresso suficiente em direção às metas do Fed.

Sobre como estruturar a redução de estímulos, Bostic disse apoiar uma abordagem "equilibrada" que diminua as compras de títulos lastreados em hipotecas e os títulos do Tesouro à mesma taxa. Ele também disse que seria a favor da redução gradual das compras de ativos por um período mais curto do que o adotado pelo Fed anteriormente. "Sou a favor de ir relativamente rápido", disse Bostic.

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