Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado financeiro melhorou suas estimativas para o resultado primário das contas públicas para este ano e o próximo e prevê alívio no endividamento do governo federal, de acordo com o relatório Prisma Fiscal de julho divulgado nesta quinta-feira.
O rombo primário --que representa o resultado das contas do governo fora o pagamento dos juros da dívida pública-- deve ficar em 184,3 bilhões de reais em 2021, segundo a sondagem de julho, ante 200,8 bilhões de reais previstos no mês anterior. Os números se referem às medianas das projeções.
A perspectiva dos economistas para o déficit primário de 2022 também melhorou, passando a 116,0 bilhões de reais, ante 135,6 bilhões de reais em junho.
Os números relativos ao resultado primário das contas públicas são acompanhados de perto pelas agências de classificação de risco, uma vez que são medida importante da capacidade do governo de honrar seus compromissos.
Enquanto isso, a expectativa dos profissionais consultados é de que a dívida bruta do país fechará 2021 em 82,77% do PIB, ante 84,50% no mês anterior. Também há perspectiva de alívio no endividamento para o ano que vem, de acordo com as medianas das projeções, com a relação dívida/PIB devendo cair para 83,24%, ante 86,20% anteriormente.
As agências de risco também monitoram com atenção a razão entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), que oferece uma sinalização sobre riscos de rolagem.