Por Noah Sin
HONG KONG (Reuters) - Coquetéis molotov foram atirados dentro de uma estação de metrô em Hong Kong, neste sábado, mas ninguém ficou ferido, disse o governo, enquanto manifestantes pró-democracia foram mais uma vez às ruas irritados com o que acreditam ser uma tentativa de Pequim de aumentar o controle sobre a cidade.
A estação de Kowloon Tong foi seriamente danificada no ataque, disse o governo em um comunicado. Em seguida, a polícia foi deslocada às ruas de Kowloon e dentro de várias estações de metrô.
Centenas de manifestantes, muitos jovens e usando máscaras, marchavam em Kowloon naquele momento e se dirigiam a um distrito próximo à estação de Kowloon Tong.
"Não é crime cobrir nossos rostos, não há motivo para lei (anti-máscara)", cantaram manifestantes. "Tenho o direito de usar máscaras!".
O governo de Hong Kong introduziu leis emergenciais que datam da era colonial semana passada para proibir o uso de máscaras nos rostos em protestos públicos, uma medida que gerou alguns dos piores atos violentos desde o começo da inquietação, em junho.
Alguns manifestantes levantaram barricadas nas ruas usando latas de lixo públicas e barreiras preenchidas com água usadas para o controle do tráfego e segurança.
Em outros locais, manifestantes colocaram fogo a um escritório do governo em Kowloon e vandalizaram lojas e estações de metrô, disse o governo.
Não houve conflitos entre manifestantes e policiais e, ao cair da noite, os manifestantes haviam se dispersado em pequenos grupos espalhados por Kowloon.
Os protestos de Hong Kong começaram em oposição a uma lei de extradição, já abandonada, mas cresceram a um movimento pró-democracia que dura quatro meses e a uma válvula de escape à raiva pela desigualdade social na cidade, pólo financeiro da Ásia.