CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México deve propor o alto executivo de comércio Jesús Seade, que ajudou a reformular o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), como candidato para ser o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), disseram fontes no domingo.
O posto da OMC ficará vago no final de agosto, já que o titular Roberto Azevêdo, do Brasil, disse que deixaria o cargo um ano antes.
O próximo diretor-geral enfrentará as tensões entre Estados Unidos e China e o crescente protecionismo exacerbado devido à pandemia de Covid-19.
Atualmente, Seade é vice-ministro das Relações Exteriores do México para a América do Norte e tem experiência em trabalhar com a China e com os Estados Unidos. Duas fontes com conhecimento das discussões disseram à Reuters que ele será o candidato do México para substituir Azevêdo.
A notícia foi divulgada pela primeira vez pelo jornal mexicano El Universal. O gabinete do presidente e o Ministério das Relações Exteriores não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Seade foi vice-diretor geral da OMC quando foi criada no início dos anos 1990. Quando o presidente Andrés Manuel López Obrador assumiu o cargo em 2018, Seade foi escolhido para liderar as negociações de um novo acordo comercial norte-americano para substituir o Nafta.
Anteriormente, Seade trabalhou em universidades de Hong Kong por mais de uma década.
Os membros da OMC podem indicador cidadãos de seus países como candidatos de 8 de junho a 8 de julho. Vários nomes foram citados como possíveis candidatos da África e da Europa, com alguns na Europa considerando que a liderança do órgão comercial deve alternar entre o mundo em desenvolvimento e o mundo desenvolvido.
(Reportagem de Frank Jack Daniel)