Por Tom Balmforth e Tatiana Voronova
MOSCOU (Reuters) - Mais de 20 mil russos foram às ruas de Moscou neste domingo para exigir a libertação de manifestantes presos durante o verão (no Hemisfério Norte), no que os oponentes do Kremlin dizem ser uma campanha para reprimir a dissidência.
Os manifestantes foram presos em comícios que ocorreram em julho, quando políticos da oposição foram barrados nas eleições locais. Alegações de brutalidade policial e o que muitos moscovitas consideraram como duras sentenças de prisão provocaram protestos públicos incomuns no país.
Várias pessoas foram condenadas a até quatro anos de prisão e outras estão sendo processadas por crimes como violência contra policiais.
Em um domingo chuvoso, uma multidão de pessoas agitou bandeiras de vários grupos políticos, gritando "Deixe-os ir!" e "Liberdade para presos políticos".
"Ninguém consegue obter uma audiência justa nos tribunais russos --injustiça e ilegalidade podem acontecer a qualquer pessoa agora", disse o político da oposição Lyubov Sobol aos manifestantes por um sistema de som de um palco elevado.
Os protestos não representam uma ameaça ao presidente Vladimir Putin, que venceu a reeleição por ampla margem no ano passado. Mas eles surgem num momento em que suas taxas de aprovação têm caído após anos de queda da renda real e uma medida impopular para aumentar a idade da aposentadoria.