Por Julie Gordon
OTTAWA (Reuters) - Um acordo significativo do G7 para buscar maiores taxações globais a grandes empresas mostra que é possível encerrar a corrida por pagamentos menores de impostos e beneficiar o Canadá, afirmou a ministra das Finanças daquele país neste sábado.
Chrystia Freeland falou com repórteres após a reunião em Londres, onde as economias desenvolvidas do G7 concordaram em apoiar uma alíquota corporativa mínima de 15%.
“Mostramos que é possível encerrar a corrida global por taxações mínimas”, disse Freeland, a repórteres. “Empresas multinacionais precisam pagar a sua parte em impostos. O varejo de jurisdição permitiu que elas evitassem fazer isso”.
Freeland afirmou que o assunto era especialmente importante ao Canadá como um “país relativamente com impostos altos”.
As medidas precisarão encontrar um acordo mais amplo em reunião do G20 - que inclui algumas economias emergentes - que deve acontecer no próximo mês, em Veneza. Detalhes importantes ainda precisam ser negociados nos próximos meses.
Ao ser questionada sobre o impacto para empresas canadenses, Freeland disse: “Não entrarei em especificidades... porque eu acho que ainda é um pouco cedo demais”, acrescentando que os detalhes ainda precisam ser explorados.
Freeland afirmou que o Canadá ainda seguirá em frente com o seu próprio imposto a serviços digitais, parecido com o que já existe em outros países do G7, enquanto o grupo continua coordenando um plano de transição.
(Por Julie Gordon em Ottawa)