BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta quarta-feira a extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, pelos crimes de injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Depois de ser alvo do inquérito do STF que investiga a produção e distribuição de fake news no país, Sara fez vídeos ameaçando colocar seus seguidores para perseguir o ministro e disse que queria "trocar socos" com ele.
Se condenada, Sara terá que indenizar Moraes em até 10 mil reais. A PGR, no entanto, não acatou o pedido do ministro de enquadrá-la na Lei de Segurança Nacional. De acordo com o procurador Frederick Lustosa, Sara "não impediu de fato o livre exercício da judicatura do ministro, nem da Suprema Corte de maneira geral" e não havia razão para o enquadramento.
Organizadora do grupo de extrema-direita 300 do Brasil, que defende o bolsonarismo, Sara foi presa temporariamente pela Polícia Federal na última segunda-feira, dentro de outro inquérito, o que investiga o financiamento de atos com cunho antidemocrático.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu; Edição de Maria Pia Palermo)