📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

MPF pede acesso à inquérito que prendeu brigadistas no Pará e questiona competência para analisar caso

Publicado 28.11.2019, 13:18
MPF pede acesso à inquérito que prendeu brigadistas no Pará e questiona competência para analisar caso

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério Público Federal do Pará requisitou acesso integral à investigação da Polícia Civil do Estado que acusa brigadistas de uma organização não-governamental por incêndios em florestas em áreas de proteção ambiental em Alter do Chão (PA) e também questionou se a competência do caso seria estadual ou federal, lembrando que há inquérito da Polícia Federal.

Em duas notas divulgadas sobre o caso, o MPF aponta que a investigação federal sobre o aumento de incêndios florestais na região foi aberta em setembro e que não aponta para a participação de brigadistas ou ONGs.

"Ao contrário, a linha das investigações federais, que vem sendo seguida desde 2015, aponta para o assédio de grileiros, ocupação desordenada e para a especulação imobiliária como causas da degradação ambiental em Alter", diz a nota.

"Por se tratar de um dos balneários mais famosos do país, a região é objeto de cobiça das indústrias turística e imobiliária e sofre pressão de invasores de terras públicas."

Os procuradores da República também se manifestaram nos autos do processo que levou à prisão dos brigadistas pedindo vistas do caso para analisar se a competência é estadual ou federal, já que há duas investigações em andamento, uma da Polícia Civil paraense e outra da PF.

"Em razão da duplicidade de procedimentos investigatórios, e com o propósito de evitar nulidades, é necessário auferir se competência seria da Justiça Federal ou da Justiça Comum Estadual", afirma uma das notas, que acrescenta que, se confirmado que as queimadas ocorreram em terras públicas federais, o MPF entende que a competência para investigar o caso não cabe à Polícia Civil.

Os quatro brigadistas foram presos pela Polícia Civil na última terça-feira sob acusação de provocarem incêndios para conseguirem doações para sua organização. A polícia alega que os brigadistas tinham "informações e imagens privilegiadas dos focos de incêndio" que despertaram suspeita.

As acusações, no entanto, geraram revolta em ambientalistas e organizações que atuam na região, que acusam o governo de criar fatos para colocar pressão sobre as ONGs.

Logo em seguida da divulgação das prisões, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, divulgou reportagem sobre o caso em sua conta no Twitter e escreveu "tirem suas próprias conclusões".

Também o presidente Jair Bolsonaro usou a rede social para lembrar, na quarta-feira, que já tinha relacionado o aumento das queimadas na Amazônia com a atuação de ONGs.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.