Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mulher do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, está em casa em prisão domiciliar com o marido, de acordo com a equipe defesa do casal.
Queiroz deixou o complexo de Bangu na noite de sexta-feira depois de cerca de 3 semanas preso acusado de tentar atrapalhar investigações sobre o caso da rachadinha da Alerj.
Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu prisão domiciliar ao policial militar aposentado que atuou no gabinete do ex-deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.[nL1N2EH00Y]
Segundo o STJ, a prisão domiciliar foi concedida em função da pandemia de Covid-19, mas será cercada de algumas restrições.
A mulher de Queiroz também teve prisão decretada mas estava foragida. Ainda assim, foi beneficiada com direito de prisão domiciliar.
Ela ainda precisa se apresentar às autoridades do Rio de Janeiro para colocar tornozeleira eletrônica. Queiroz já deixou a cadeia com o equipamento de monitoramento.
"A defesa já informou a situação à SEAP e aguarda instruções sobre a colocação da tornozeleira", disse a defesa do casal.
Queiroz e Marcia estão em casa juntos, no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade .
A decisão do STJ que concedeu domiciliar a Queiroz foi extensiva a Marcia para que ela pudesse cuidar do marido, uma vez que ele não poderá ter contato com terceiros, exceto advogados e médicos.
Queiroz foi preso no mês passado em Atibaia, em São Paulo, em uma casa do advogado Frederick Wassef, ligado à família Bolsonaro.
Queiroz e Marcia, de acordo com investigações do MP do Rio, atuaram no esquema da rachadinha que teria ocorrido no gabinete do ex-deputado e atual senador Flavio Bolsonaro.
Ela também teria ligação com a família do miliciano Adriano da Nóbrega, morto em um cerco policial na Bahia este ano.