Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - A primeira mulher e africana a comandar a Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, começou a trabalhar nesta segunda-feira, encerrando uma lacuna de seis meses e buscando reavivar o órgão antes de uma importante reunião no fim do ano.
Depois de uma longa campanha que foi afetada nas etapas finais por um veto do governo norte-americano de Donald Trump, a nigeriana de 66 anos foi confirmada como diretora-geral no mês passado, prometendo deixar de lado o modelo usual na entidade que tem dificuldades de fechar novos acordos e cujas funções de arbitragem estão paralisadas.
"É ótimo. Estou entrando em uma das mais importantes instituições no mundo e temos muito trabalho para fazer. Eu me sinto pronta", disse Okonjo-Iweala a um repórter ao chegar à sede da OMC em Genebra.
O primeiro dia com a ex-ministra das Finanças e das Relações Exteriores no comando da OMC coincide com uma reunião fechada de seu principal órgão de decisão, o Conselho Geral.
Delegados de seus 164 países membros se reuniram virtualmente e concordaram em realizar a próxima grande conferência ministerial em Genebra a partir de 29 de novembro. A OMC depois confirmou a data.
A conferência bienal estava originalmente programada para ser realizada no Cazaquistão no ano passado, mas foi adiada devido à pandemia.
A diretora-geral espera que a reunião forneça um local para um acordo sobre subsídios à pesca, bem como sobre reformas para o principal órgão de apelação da OMC, entre outros assuntos.