Por Brendan O'Brien e Carlos Barria
31 Mai (Reuters) - Mais uma noite de protestos deixou lojas saqueadas e carros em chamas em muitas cidades dos Estados Unidos neste domingo, com os toques de recolher insuficientes para reprimir a violência que substituiu as manifestações pacíficas pela morte de um homem negro asfixiado por um policial branco que ajoelhou sobre seu pescoço em Minneapolis.
Em Salt Lake City, um homem apontou um arco e flecha para os manifestantes e foi atacado pela multidão. Incêndios foram registrados nas ruas de Los Angeles. Manifestantes rasgaram uma bandeira norte-americana em Raleigh, Carolina do Norte.
A polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo em muitas cidades.
A visão de manifestantes ocupando as ruas alimentou uma sensação de crise nos Estados Unidos após semanas de bloqueios devido à pandemia do coronavírus, que fez milhões de pessoas perderem trabalho e afetou desproporcionalmente as comunidades minoritárias.
As multidões aglomeradas e muitos manifestantes que não usaram máscaras provocaram temores de um ressurgimento da Covid-19, que já matou mais de 100.000 norte-americanos.
A violência se espalhou da noite para o dia, apesar do toque de recolher em várias grandes cidades atingidas por distúrbios civis nos últimos dias, incluindo Atlanta, Los Angeles, Filadélfia, Denver, Cincinnati, Portland e Louisville . Também houve protestos em Dallas, Chicago, Seattle, Salt Lake City e Cleveland.
Os confrontos marcaram a quinta noite de incêndios criminosos, saques e vandalismo em partes de Minneapolis, a maior cidade do Estado de Minnesota, e sua capital adjacente, St. Paul. O governador do Estado disse no sábado que estava ativando a Guarda Nacional de Minnesota pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.