A nota média da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) avançou em 2024 em comparação à edição anterior. Passou de 645 para 660. No entanto, apenas 12 inscritos obtiveram 1.000 (máxima) –o menor número desde a criação da prova. Só 1 é de escola pública.
Esses candidatos são de 10 Estados: Alagoas (1), Ceará (1), Goiás (1), Maranhão (1), Minas Gerais (2), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Norte (1) e São Paulo (1) e Distrito Federal (1). Dentre as 5 regiões do país, a Nordeste (com 5 alunos) foi a que sofreu maior queda no número de notas 1.000 em relação à 2023, quando registrou 25 alunos com a máxima.
O tema da redação do Enem 2024 foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Leia o histórico de notas 1.000 na redação do Enem em cada região do Brasil (para abrir em outra aba, clique aqui):
Leia o retrospecto das notas médias na redação do Enem em cada região do Brasil ao longo dos anos (para abrir em outra aba, clique aqui):
Ao Poder360, Melissa Goelzer, única estudante de Brasília a atingir a nota 1.000 na redação do Enem, afirmou que a dedicação de tempo integral à prova foi determinante para que ela atingisse o resultado.
“Foi uma surpresa. Minhas notas nos simulados já se aproximavam da máxima chegando aos 900, mas nunca em 1.000”, afirmou a jovem de 19 anos.
É a 2ª vez que Goelzer participa do exame, com o auxílio de um cursinho preparatório. O objetivo é ser aprovada em medicina na UnB (Universidade de Brasília) ou na ESCS (Escola Superior de Ciências da Saúde).
MÉDIA DOS ALUNOS
Na média geral, o desempenho dos inscritos foi melhor. Passou de 543 para 546.
Contudo, o nível de desempenho dos alunos apresentou queda quando analisadas médias por área de conhecimento.
Leia abaixo as médias de proficiência que caíram no Enem 2024:
- Matemática: 529 pontos(6 a menos que em 2023);
- Ciências Humanas: 517 (5 a menos que em 2023);
- Ciências da Natureza: 465 (32 amenos que em 2023).
Já em Linguagens e Códigos, os estudantes subiram a média para 538 (12 pontos a mais que em 2023).
Perguntado por jornalistas, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o MEC fará estudos para entender o que teria motivado a redução de desempenho dos inscritos no exame.
Esta reportagem foi escrita pelos estagiários de jornalismo Davi Alencar e Fernanda Cavalcante sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.