BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira em transmissão por uma de suas redes sociais que trabalha para desafogar a questão do desemprego no país ao incluir novas atividades como essenciais, isto é, que não são passíveis de ser interrompidas durante a pandemia do novo coronavírus.
Pouco antes, Bolsonaro havia assinado decreto em que amplia as atividades essenciais, incorporando indústrias e a construção civil.
"A gente vai desafogando a questão do desemprego no Brasil. O que nós botamos no nosso decreto lá atrás as atividades essenciais, que não podem fechar, e o restante ficou a cargo de prefeitos e governadores", disse ele, numa referência indireta à decisão do Supremo Tribunal Federal que garantiu aos entes regionais poder para definir o que abre e fecha durante a pandemia.
"Como do lado de lá tem muita profissão que o pessoal foi impedido de trabalhar, nós começamos a abrir do lado de cá (por meio dos decretos), obviamente com critério e respeitada aí as orientações do Ministério da Saúde", completou.
Segundo o presidente, "em grande parte" os trabalhadores da construção civil vão poder voltar a trabalhar normalmente, destacando que elas são "as pessoas mais humildes e as que mais precisam de trabalho".
SELIC
Bolsonaro comemorou o corte da taxa Selic para 3%, destacando que "nunca se viu isso no Brasil" e que a medida vai permitir que se deixe de gastar algo em torno de R$ 200 bilhões com juros da dívida pública.
"É algo bem-vindo, não é artificial. O mercado não esperava", disse ele, ao parabenizar a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente afirmou que há dois meses fala que não se pode esquecer da economia e que, agora, mais da metade da população brasileira está preocupada com o emprego.
A transmissão do presidente na quinta-feira ficou prejudicada em várias ocasiões e, conforme avisou o próprio Bolsonaro, acabou sendo interrompida devido aos problemas técnicos.
(Reportagem de Ricardo Brito)