🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Novo imposto não passa no Senado, diz Alcolumbre

Publicado 20.12.2019, 12:18
Novo imposto não passa no Senado, diz Alcolumbre

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta sexta-feira que a criação de um novo imposto não tem chances de aprovação no Senado, independentemente do nome ou modelo a ser adotado.

Em café da manhã com jornalistas, Alcolumbre colocou a reforma tributária como prioridade para 2020 e defendeu ainda que a chamada PEC Paralela, alternativa encontrada por senadores para alterar a reforma da Previdência sem atrasar sua tramitação, seja reduzida apenas à inclusão de Estados e Municípios nas mudanças das regras de aposentadoria.

“É improvável o Senado aprovar alguma coisa que seja para aumentar a carga tributária dos brasileiros”, disse o presidente do Senado. “Não passa a criação de um novo imposto, seja ele qual for”, acrescentou.

Alcolumbre diz manter conversas constantes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem acertou uma lista de propostas prioritárias, que incluem a autonomia do Banco Central, a securitização das dívidas e matéria sobre precatórios, em tramitação na Câmara, e ainda projeto que atualiza o marco do saneamento, e as PECs emergenciais do pacto federativo, além da reestruturação tributária.

Alcolumbre acredita que há espaço para o avanço dessas matérias, a despeito do ano eleitoral.

Calcula, por exemplo, que o projeto do saneamento possa ser liquidado pela Casa até o fim de março. Adiantou ainda que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), autor de projeto sobre o tema, pode ser o relator da proposta.

Para a reforma tributária, avalia que seis meses serão suficientes para sua tramitação por acreditar que a criação de uma comissão mista entre deputados e senadores poderá produzir um texto de consenso e acelerar a votação da proposta.

“Com a comissão, eu tenho quase certeza que vai sair um texto redondo”, disse, acrescentando que os relatores do tema nas duas Casas --Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na Câmara, e Roberto Rocha (PSDB-MA), no Senado-- já iniciaram conversas.

O presidente do Senado explicou ainda que aguarda uma posição da Câmara sobre o número e a composição de deputados para formalizar a comissão.

Sobre as três Propostas de Emenda à Constituição (PEC) emergenciais, ou do pacto federativo, afirmou que há “sentimento para avançar”.

“Elas vão andar, as três. Todas as três”, afirmou.

O governo sugeriu três PECs, incorporadas e apresentadas por senadores: uma do pacto em si, com critérios para a partilha de recursos entre os entes federativos, a chamada PEC emergencial, que trata de gatilhos para a regra de ouro, e ainda uma medida sobre fundos públicos, prevendo desvinculação de recursos.

Já no caso da PEC paralela, apesar do esforço do Senado para produzi-la, Alcolumbre considerou que a Casa não seguiu o “espírito” da proposta ao incluir outros temas além da possibilidade dos entes federativos adotarem as novas regras previdenciárias.

“Eu vou pedir ao Rodrigo Maia para ele conseguir os votos para os Estados e municípios e esquece o resto”, disse a jornalistas.

“Acho que têm que ser retirados todos os artigos nela que não tratam de Estados e municípios.”

POLÊMICAS

Alcolumbre decidiu desviar de controvérsias e deu seguimento à tramitação da Medida Provisória do Contrato Verde e Amarelo, editada na intenção de incentivar a contratação de jovens, mas bastante questionada por parlamentares. O presidente do Senado chegou a encomendar estudos à consultoria e à advocacia da Casa sobre a constitucionalidade da proposta.

Preferiu instalar a comissão mista da MP e encaminhar esses pareceres e outros documentos institucionais ao relator da proposta, deputado Christino Áureo (PP-RJ), com um rol de pontos controversos com base nos estudos e pareceres.

“O relator disse que está sensível”, afirmou Alcolumbre, argumentando que é prerrogativa do presidente Jair Bolsonaro editar a MP, motivo pelo qual “não da para devolver tudo”.

“Ele (o relator) atendeu e se comprometeu a avaliar esses documentos.”

O senador adiantou, por ora, que a previsão de contribuição previdenciária do seguro-desemprego, tema que provocou fortes reações entre parlamentares, sairá do texto da MP.

No caso de uma legislação para permitir a prisão após condenação em segunda instância, outro assunto que agitou o Congresso nos últimos tempos, Alcolumbre foi mais enfático.

Defendeu a PEC em tramitação na Câmara como o caminho mais correto e disse que irá aguardar seu envio ao Senado, em vez de colocar em votação projeto produzido por senadores.

Para o presidente do Senado e também na avaliação de Maia, o projeto é frágil e passível de questionamentos judiciais.

“O certo é a emenda constitucional”, afirmou.

“Eu vou aguardar o calendário do Rodrigo e vou aguardar a PEC, que é o certo”, disse, acrescentando que deputados devem votá-la até meados de abril.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.