SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez nesta sexta-feira uma apresentação sobre os avanços e os desafios da agenda de inovação da autarquia, atualmente centrada em quatro blocos fundamentais, e destacou que o Open Finance já permitiu uma economia de 6,4 milhões de reais em juros de cheque especial no Brasil.
Segundo ele, o modelo brasileiro de Open Finance -- sistema de compartilhamento de informações de clientes entre instituições financeiras -- tem se consolidado como uma referência mundial e já há uma série de exemplos de impactos positivos entre os clientes.
“A gente teve 1 bilhão (de reais) de crédito através de portabilidade de um grande banco estatal; 700 milhões (de reais) nos aumentos de limites que foram feitos via Open Finance; 6,4 milhões (de reais) de economia em juros de cheque especial por oferta via plataformas de Open Finance”, destacou Campos Neto.
De acordo com o presidente do BC, o Open Finance também já permitiu que 1,4 milhão de clientes tenham sido alertados que tinham recursos parados na conta. Além disso, o sistema permitiu uma redução de 32 horas para 2 horas e 10 minutos no processo de abertura de uma conta em instituições.
Em sua apresentação, Campos Neto pontuou ainda que o Open Finance já registra mais de 42 milhões de consentimentos para compartilhamento de dados, com mais de 800 instituições participando do sistema.
Campos Neto abordou ainda os outros três blocos fundamentais da agenda tecnológica do BC: o Pix, a internacionalização da moeda e o Drex (moeda digital). Além disso, citou dois blocos adicionais para o futuro desta agenda tecnológica: a inteligência artificial e a monetização de dados.
Campos Neto realiza nesta sexta-feira palestra no seminário LIDE Inovação, promovido pelo LIDE, grupo de líderes empresariais, em São Paulo.
(Por Fabrício de Castro)