Por Carolyn Cohn e Noor Zainab Hussain
LONDRES (Reuters) - O comitê organizador da Olimpíada de Tóquio dificilmente receberá muito ressarcimento pelos ingressos perdidos por causa da proibição da presença de espectadores, tendo usado a maior parte de sua política de cancelamento de evento para os custos do adiamento do ano passado, disseram fontes de seguradoras.
A Olimpíada transcorrerá sem espectadores na cidade-sede de Tóquio, anunciaram os organizadores na semana passada, já que o ressurgimento do coronavírus obrigou o Japão a declarar um estado de emergência na capital que vigorará durante os Jogos.
Alguns eventos nos arredores de Tóquio terão espectadores, mas a renda de cerca de 815 milhões de dólares de ingressos se reduzirá a quase zero.
Em dezembro, os organizadores disseram que o custo total de sediar os Jogos seria de cerca de 15,4 bilhões de dólares.
A agência de avaliação de risco Fitch estima que o custo segurado total da Olimpíada fica em torno de 2,5 bilhões de dólares. No ano passado, analistas da Jefferies calcularam o custo segurado total em 2 bilhões de dólares, incluindo direitos de transmissão e patrocínios, mais 600 milhões de dólares para a hospitalidade.
Embora o Comitê Olímpico Internacional (COI) seja responsável pelos direitos de transmissão e patrocínios dos Jogos, o comitê organizador de Tóquio é responsável pela venda das entradas.
Fontes do setor estimam que o comitê assinou uma política de cancelamento de evento de 500-800 milhões de dólares, mas que os preços totais dos ingressos não estariam cobertos.
(Por Carolyn Cohn em Londres e Noor Zainab Hussain em Bengaluru; reportagem adicional de Alexander Huebner em Munique, Paul Arnold em Zurique e Elaine Lies em Tóquio)