(Reuters) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira que o Congresso vai tentar encontrar uma solução para a questão dos precatórios na próxima semana, mas que isso deverá ser feito dentro do teto de gastos.
De acordo com o senador, a solução terá que vir com três pontos centrais: o pagamento dos precatórios, que é uma dívida vencida da União, a abertura de espaço fiscal para melhoria dos programas sociais, e dentro do espaço permitido pelo teto de gastos.
Em evento online nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi indagado sobre as declarações de Pacheco e afirmou não ter participado de nenhuma articulação no sentido de se chegar a uma solução para a questão dos precatórios na semana que vem.
Lira disse ainda não acreditar que tal negociação estivesse sendo feita sem a participação da Câmara.
"Penso que caminho para os precatórios será o caminho legislativo", disse o presidente da Câmara, acrescentando não defender o calote dos precatórios, mas o que chamou de "ordenamento" de uma despesa que não estava prevista.
O governo do presidente Jair Bolsonaro já enviou uma Proposta de Emenda à Constituição ao Congresso prevendo o adiamento e o escalonamento de parte do pagamento das dívidas pelo governo, que tem previsão de praticamente dobrar de tamanho para 2022, mas a proposta encontra resistências no Senado.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões)