Por Asif Shahzad
ISLAMABAD (Reuters) - A Comissão Eleitoral do Paquistão anunciou nesta quinta-feira uma eleição geral para janeiro, quase três meses depois do previsto, eliminando a incerteza política sobre o momento de realização do pleito em um possível auxílio na busca por ajudar a economia em apuros.
As eleições no país do sul da Ásia, que passa por problemas políticos e econômicos, deveriam ter sido realizadas em novembro, mas foram adiadas devido à nova demarcação dos distritos eleitorais em um novo censo.
Uma declaração da comissão eleitoral disse que a votação ocorrerá no final de janeiro, após a conclusão de um processo que inclui a apresentação de documentos de indicação, recursos e campanha.
Atualmente, o país está sendo administrado por um governo interino sob o comando do primeiro-ministro interino, Anwaar ul Haq Kakar, que deve supervisionar uma eleição geral.
Originalmente, as eleições deveriam ter ser realizadas dentro de 90 dias após a dissolução da câmara baixa do Parlamento em agosto.
Os resultados das eleições raramente são aceitos de forma generalizada no Paquistão e as percepções de parcialidade podem lançar mais uma sombra sobre a credibilidade do processo.
Apesar do atraso, o anúncio diminui a incerteza política sobre quando as eleições serão realizadas, já que o país luta para permanecer em um caminho estreito de estabilização sob um plano de resgate de 3 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Analistas e partidos políticos têm exigido que as eleições sejam realizadas o mais rápido possível para aumentar a confiança em uma economia de 350 bilhões de dólares em dificuldades e que atualmente sofre com a alta inflação, o baixo crescimento e uma moeda fraca.
(Reportagem adicional de Ariba Shahid)