WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse ao Congresso norte-americano nesta quinta-feira que mais de 25 mil mulheres e crianças foram mortas por Israel na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro, mas o Pentágono em seguida explicou a estimativa, dizendo que os dados são do Ministério da Saúde do enclave, governado pelo Hamas, e não da inteligência norte-americana.
Durante uma audiência no Congresso, Austin foi perguntado sobre quantas mulheres e crianças palestinas foram mortas por Israel, e Austin respondeu: “Mais de 25 mil”.
Algumas horas depois, Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono, afirmou que Austin citava cálculos do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza e se referia ao total de palestinos mortos, não apenas mulheres e crianças. “Não podemos verificar de forma independente esses dados sobre mortes em Gaza”, afirmou ela em comunicado.
No fim de janeiro, autoridades palestinas disseram que o número de mortos pelos ataques israelenses passava de 25 mil. Essa cifra, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, agora já supera os 30 mil.
Autoridades de Saúde de Gaza afirmam que mais de 100 palestinos foram mortos por forças israelenses nesta quinta-feira enquanto esperavam pela entrega de ajuda humanitária, mas Israel questionou os números e alegou que muitas das vítimas foram atropeladas por caminhões que traziam o auxílio.
Austin também afirmou que cerca de 21 mil munições de precisão foram fornecidas a Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
(Reportagem de Idrees Ali e Phil Stewart)