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Petróleo salta 6% com Opep+ chocando mercados ao reduzir a meta de produção

Publicado 03.04.2023, 17:08
Atualizado 03.04.2023, 17:11
© Reuters. Plataforma de produção no Iraque
5/07/2022
REUTERS/Essam Al-Sudani
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Por Shariq Khan

BENGALURU (Reuters) - Os índices de referência do petróleo saltaram 6% nesta segunda-feira, um dia depois de o grupo Opep+ abalar os mercados com planos de cortar mais produção, aumentando o temor de aperto na oferta, enquanto alguns alertaram para redução da demanda se as refinarias hesitarem em pagar preços mais altos pela commodity.

O Brent fechou em alta de 5,04 dólares, ou 6,3%, a 84,93 dólares o barril, depois de atingir o maior nível desde 7 de março, a 86,44 dólares.

O petróleo dos EUA (WTI) fechou com ganhos de 4,75 dólares, ou 6,3%, a 80,42 dólares o barril, depois de subir para uma máxima de dois meses durante a sessão.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, abalou os mercados com o anúncio de domingo de que reduzirá sua meta de produção em mais 1,16 milhão de barris por dia (bpd).

As últimas promessas elevam o volume total de cortes da Opep+ para 3,66 milhões de bpd, incluindo um corte de 2 milhões de barris em outubro passado, segundo cálculos da Reuters, equivalente a cerca de 3,7% da demanda global.

O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que recebeu um "aviso" sobre o corte de produção e disse às autoridades sauditas que discordava dele.

A Opep descreveu os cortes como precaução. Analistas disseram que o enfraquecimento da economia e o aumento dos estoques de petróleo apoiaram a decisão. No mês passado, os preços do Brent haviam sido negociados perto de 70 dólares o barril, uma mínima de 15 meses, por temores de enfraquecimento da demanda.

Desde meados de dezembro, os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram de forma bastante constante e atingiram seu nível mais alto em dois anos na semana encerrada em 17 de março, disse o analista da Mizuho (NYSE:MFG) Bob Yawger.

Ainda assim, as restrições de produção da Opep+ levaram a maioria dos analistas a aumentar suas previsões de preço do petróleo Brent para cerca de 100 dólares por barril até o final do ano. Isso, por sua vez, pode levar a aumentos mais agressivos das taxas de juros por parte dos bancos centrais e gradualmente empurrar as economias para mais perto de uma recessão, disseram Yawger e outros.

A atividade manufatureira dos EUA caiu para o nível mais baixo em quase três anos em março e pode cair ainda mais com crédito mais restrito e custos de empréstimos mais altos.

O choque inflacionário na economia mundial devido ao aumento dos preços do petróleo resultará em mais aumentos de juros, disse Fawad Razaqzada, analista de mercado do City Index.

© Reuters. Plataforma de produção no Iraque
5/07/2022
REUTERS/Essam Al-Sudani

"As pessoas não vão parar de dirigir ou viajar de avião por causa dos altos preços do petróleo. Portanto, a demanda provavelmente será prejudicada apenas moderadamente pelo aumento dos preços do petróleo", disse ele.

A longo prazo, no entanto, a demanda por energia pode cair se as refinarias de petróleo reduzirem a atividade para conter o aumento dos custos de insumos. A menor produção de refino pode empurrar os preços na bomba para perto dos níveis recordes do ano passado, de 5 dólares o galão disse Yawger, da Mizuho.  

(Reportagem de Shariq Khan; reportagem adicional de Noah Browning, Mohi Narayan e Florence Tan)

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