HONG KONG (Reuters) - A polícia de Hong Kong realizou vários lançamentos de gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes anti-governo neste domingo, após confrontos violentos um dia antes, e Pequim disse que não deixaria a situação persistir.
A cidade controlada pelos chineses, um centro financeiro asiático, tem sido abalada por meses de protestos que começaram contra uma proposta de projeto de lei para permitir que as pessoas sejam extraditadas para serem julgadas na China continental.
As manifestações acabaram se transformando em apelos por mais democracia.
Uma greve geral com o objetivo de parar a cidade foi planejada para segunda-feira.
No final do domingo, centenas de manifestantes mascarados bloquearam estradas, pintaram semáforos e iniciaram incêndios.
A polícia de choque confrontou os manifestantes, que adotam táticas de mudar rapidamente de lugar, para escapar das autoridades.
O governo disse na noite de domingo que ocorreu uma "violação flagrante da lei", e que os protestos prejudicam a sociedade de Hong Kong e a vida econômica.
"Tais atos já foram muito além dos limites da paz e protestos racionais", disse em um comunicado.
A agência de notícias oficial da China, Xinhua, informou no domingo que o governo central não vai ficar de braços cruzados e deixar esta situação continuar.
"Acreditamos firmemente que Hong Kong será capaz de superar as dificuldades e os desafios futuros."
Os protestos de Hong Kong apresentaram o maior desafio para o líder chinês Xi Jinping desde que assumiu o cargo em 2012.
(Por Marius Zaharia e Clare Jim)