Por Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - Portugal espera que a companhia aérea TAP precise de cerca de 2 bilhões de euros em fundos extras com garantias do governo para cobrir seus gastos até 2024 no âmbito de um plano de reestruturação.
A TAP pediu ajuda estatal em abril, depois de suspender quase todos os seus 2.500 voos semanais no auge da crise do coronavírus.
O plano de reestruturação, que necessita de aprovação da Comissão Europeia, foi apresentado na quinta-feira e prevê que a TAP terá de cortar cerca de 2.000 empregos até 2022 e realizar cortes salariais de até 25%.
Também prevê que a companhia, que teve prejuízo de 701 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020 e teve queda de 70% no número de passageiros, atingirá o ponto de equilíbrio em 2025.
Se Bruxelas aprovar o plano, a TAP poderá receber até 1,17 bilhão de euros de auxílios estatais apenas em 2021, afirmou o ministro da Infraestrutura de Portugal, Pedro Nuno Santos.
"A TAP tem 28% mais tripulantes por aeronave do que a maioria das suas concorrentes, o que torna o ajuste que faremos muito mais difícil agora", disse ele. "Os pilotos ganham mais do que os de algumas de nossas concorrentes."
O plano também prevê uma redução na frota da TAP para 88 aeronaves, contra pouco mais de 100 anteriormente.