SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio do frete por quilômetro rodado aumentou 38,91% no consolidado de 2022, em relação ao ano anterior, ao fechar em 7,14 reais, de acordo com Índice de Frete Repom (IFR) divulgado nesta quarta-feira, impulsionado principalmente pela alta no valor do diesel.
Para 2023, no entanto, a expectativa da Repom, marca da linha de negócios de frota e mobilidade da Edenred Brasil, é de alguma retração nos valores do frete rodoviário.
"Há um cenário de queda no preço médio do frete para esse ano, impactado por fatores internacionais e internos, como a prorrogação da isenção de impostos federais sobre o diesel por mais um ano e novas reduções na tabela do piso mínimo do frete da ANTT", disse em nota o diretor da Repom, Vinicios Fernandes.
Apesar da queda comparada ao ano passado, o valor médio do frete ainda tende a permanecer elevado em relação ao histórico de anos anteriores a 2022.
Durante o ano passado, o preço do frete chegou a atingir o pico em julho, com média de 8,04 reais, destacou a Repom.
"Na retomada sucessiva dos negócios, um dos reflexos do fim da fase mais dura da pandemia tem sido a dificuldade que as empresas enfrentam para encontrar caminhoneiros para a realização do transporte de cargas. Por questões relacionadas à oferta e demanda, esse fator também encarece o preço do frete e deve ser um dos desafios para o setor em 2023", acrescentou o diretor.
O IFR é um índice de preço médio do frete e sua composição, mensurado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)