NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica fecharam em alta na ICE nesta quarta-feira, porém permaneceram fora das máximas recentes, em meio a chuvas muito necessários no Brasil, maior produtor, que pressionam os preços.
As cotações do açúcar tiveram pouca variação.
CAFÉ
* O café arábica para setembro fechou em alta de 2,2 centavos de dólar, ou 1,4%, para 1,5545 dólar por libra-peso, tendo atingido seu nível mais baixo desde o final de maio na terça-feira, em 1,5280 dólar.
* O café está se afastando da máxima de quatro anos e meio que atingiu anteriormente este mês, com a volta das chuvas no Brasil.
* O Citi disse em nota que permanece otimista com o arábica a longo prazo, vendo a média dos preços de 1,65 dólar no quarto trimestre. Para o banco, as condições secas no Brasil já prejudicaram a safra atual e próxima temporada.
* Os estoques de café verde nos portos dos EUA avançaram pelo segundo mês consecutivo no fim de maio, em uma alta de 52.571 sacos de 60 quilos, para 5,81 milhões.
* A situação na Colômbia está melhorando, porém o governo alertou que irá demorar para os portos voltarem aos seus fluxos normais.
* O café robusta para setembro fechou em alta de 29 dólares, ou 1,8%, em 1.629 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para julho ficou praticamente inalterado em 17,04 centavos de dólar por libra-peso.
* Operadores disseram que o açúcar continua sob pressão por causa da falta de demanda nas proximidades e da melhora do clima em grandes produtores como Índia, Tailândia e até mesmo no Brasil.
* Entretanto, eles acrescentaram que os consumidores finais estão ansiosos para compra em torno de 16,90 centavos de dólar, limitando o lado negativo, com a ponta positiva restrita a 18 centavos de dólar - um nível que iria provavelmente induzir vendas pelos produtores.
* O açúcar branco para agosto fechou em queda de 3,80 dólares, ou 0,9%, em 437,00 dólares a tonelada.
* O Vietnã impôs uma tarifa antidumping de 47,64% em produtos do açúcar da Tailândia, por cinco anos, para substituir as taxas temporárias introduzidas em fevereiro.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)