Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram para mínimas de três semanas nesta sexta-feira em uma sessão volátil, depois que fortes dados de empregos nos EUA levantaram preocupações sobre taxas de juros mais altas e enquanto os investidores buscavam mais clareza sobre o embargo iminente da UE aos produtos refinados russos.
Os contratos futuros de petróleo Brent caíram 2,23 dólares, ou 2,7%, para 79,94 dólares o barril, após ter tocado a máxima da sessão de 84,20 dólares. Atingiu a mínima da sessão de 79,72 dólares, menor nível desde 11 de janeiro.
O petróleo norte-americano (WTI) fechou em queda de 2,49 dólares, ou 3,3%, a 73,39 dólares, depois de ser negociado entre 78 dólares e 73,13 dólares, a menor cotação desde 5 de janeiro.
O Brent registrou queda de 7,8% nesta semana, enquanto o WTI recuou 7,9%.
O crescimento do emprego nos EUA acelerou acentuadamente em janeiro em meio a um mercado de trabalho persistentemente resiliente, mas uma maior moderação nos ganhos salariais deve dar ao Federal Reserve algum conforto em sua luta contra a inflação.
"O mercado não consegue decidir se deve ficar nervoso com uma recessão ou mais preocupado com a agressividade do Federal Reserve com as taxas de juros", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
O banco central dos EUA elevou a taxa de forma mais branda do que no ano passado, mas os formuladores de políticas também projetaram que seriam necessários "aumentos contínuos" nos custos de empréstimos.
Os aumentos nas taxas de juros em 2023 provavelmente pesarão nas economias dos EUA e da Europa, aumentando os temores de uma desaceleração econômica que provavelmente afetará a demanda global por petróleo bruto, disse Priyanka Sachdeva, analista de mercado da Phillip Nova.
O Kremlin disse que o embargo da UE aos produtos refinados da Rússia levaria a um maior desequilíbrio nos mercados globais de energia.
Enquanto isso, os analistas do ANZ notaram um salto acentuado no tráfego nas 15 maiores cidades da China após o feriado do Ano Novo Lunar, mas disseram que os comerciantes chineses estiveram "relativamente ausentes".
(Por Stephanie Kelly em Nova York; Ahmad Ghaddar e Swati Verma em Londres, Sonali Paul em Melbourne e Jeslyn Lerh em Cingapura)