Por Marcy de Luna
HOUSTON (Reuters) - O petróleo caiu 2% nesta quinta-feira, depois de atingir preços não vistos em quase uma década, com os vendedores aumentando a esperança de que os Estados Unidos e o Irã cheguem a um acordo em breve sobre um acordo nuclear que pode adicionar barris a um mercado global apertado.
O comércio foi volátil, com os preços do petróleo saltando para máximas de vários anos diante de preocupações com a Rússia, que exporta de 4 milhões a 5 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, o segundo maior em todo o mundo, atrás da Arábia Saudita. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as empresas estão agora evitando o fornecimento russo e lutando por barris em outros lugares.
Os mercados de petróleo estão em um "clima explosivo" devido à crescente indignação contra a Rússia, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. "As pessoas no mundo não querem lidar com um país que está cometendo essas atrocidades na Ucrânia".
Os futuros do Brent caíram 2,47 dólares, ou 2,2%, para 110,46 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 2,93 dólares, ou 2,6%, para 107,67 dólares.
Ambos os benchmarks subiram para máximas de vários anos durante a sessão, com o Brent subindo para 119,84 dólares, o maior patamar desde maio de 2012 e o WTI atingindo seu maior nível desde setembro de 2008 a 116,57 dólares.
A marca de referência global Brent saltou quase 25% desde a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, uma ação que Moscou chama de "operação especial". O spread de seis meses do Brent atingiu um recorde de mais de 21 dólares por barril, indicando oferta muito apertada.
Reportagens da mídia sugeriram que os Estados Unidos e o Irã quase concluíram um acordo que poderia trazer mais de um milhão de bpd de petróleo, ou cerca de 1% da oferta global, de volta ao mercado.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, aderiu na quarta-feira a um plano existente para um aumento gradual da produção de 400 mil bpd por mês, desprezando os pedidos dos consumidores por mais oferta.
(Reportagem adicional de Scott DiSavino em Nova York, Shadia Nasralla em Londres e Florence Tan e Sonali Paul em Cingapura)